Governo paga R$ 45,4 milhões para servidores mortos; entenda justificativas

De acordo com uma análise feita no relatório realizado pela Controladoria-Geral da União (CGU), o Governo Federal paga R$ 45, 4 milhões em aposentadorias e pensões para servidores mortos. Ao todo, o benefício se direciona a 504 funcionários públicos já declarados falecidos pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade. 

Governo paga R$ 45,4 milhões para servidores mortos; entenda justificativas
Governo paga R$ 45,4 milhões para servidores mortos; entenda justificativas. (Imagem: Marcos Rocha/ FDR)

A plataforma é pública e responsável por registrar os óbitos em todas as instâncias da saúde pelo Brasil. No levantamento feito pelo CGU é possível observar que somente as aposentadorias pagas aos servidores mortos somam R$ 14,5 milhões, enquanto as pensões chegam a R$ 30,9, chegando aos R$ 45 milhões mencionados. 

Acredita-se que o montante seja liberado indevidamente, porém com base em cálculos referentes ao salário bruto dos servidores mortos enquanto eram aposentados ou pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

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Foi então que o órgão explicou a necessidade de verificar e confirmar o óbito pela unidade de vinculação do beneficiário, tendo em vista a possibilidade de um “falso positivo”.

Isso porque, as informações dispostas no sistema SIM podem gerar dúvidas quanto à ausência de dados de identificação mais precisos. É o caso do número do Cadastro de Pessoa Física (CPF), uma das informações mais triviais de um cidadão brasileiro. Mas não para por aí, a CGU também apurou indícios de outros 771 servidores mortos que também foram “beneficiados” por pagamentos indevidos. 

Neste último cenário, os benefícios estavam suspensos, mas ainda assim o pagamento foi efetuado, atingindo uma margem de R$ 40,6 milhões. Na oportunidade, a controladoria explicou que o relatório foi elaborado levando por base as situações em que os pagamentos indevidos referentes a aposentadorias e pensões foram efetuados a servidores mortos em, pelo menos, um mês. 

“Em ambas as situações, buscou-se identificar as causas pelas quais o processo de prova de vida não funcionou para os casos em que o período entre a data de óbito e a data de suspensão do pagamento é extenso ou em que ainda não houve a suspensão do pagamento”, afirmou a CGU. 

A conclusão do relatório consiste nas fragilidades encontradas no sistema e que devem ser regularizadas, tendo em vista o desfalque que esses pagamentos indevidos a servidores mortos causa ao orçamento do governo. Por esta razão, foi feita uma série de recomendações com o propósito de evitar novos casos de pagamentos indevidos. 

Assim, entre as medidas de melhorias, está o aprimoramento no procedimento da prova de vida, o encaminhamento a órgãos do Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal (SipeC), os indícios de irregularidade apontados e a instauração de processos administrativos para apurar suspeitas de possíveis irregularidades.

Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.
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