No entendimento do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o aumento expressivo nos casos de Covid-19 no Brasil está relacionado às aglomerações causadas pelas festividades de final de ano. A declaração foi feita pelo chefe da pasta nesta quarta-feira, 12, enquanto o governo se prepara para apresentar um posicionamento oficial sobre a política de autotestes.
Se o uso dos autotestes foi autorizado pelo Governo Federal, a capacidade de testagem para casos de Covid-19 será elevada. Isso porque, os exames poderão ser adquiridos diretamente em farmácias. O gestor ainda disse ter firmado uma parceria junto ao Ministério da Economia para que não falte apoio aos estados e municípios em meio à pressão feita sobre a rede hospitalar.
As pastas competentes também se mobilizarão para preparar mais leitos nas unidades de terapia intensiva (UTI) na hipótese de os casos de Covid-19 continuarem crescendo. Em resposta ao aumento expressivo no número de casos de Covid-19 provocados pela variante ômicron, Queiroga disse que as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) estão preparadas para receber um maior número de pacientes.
Segundo informações do Ministério da Saúde, hoje o Brasil possui 58 mil UBSs e 53 mil equipes de saúde da família. Desta forma, se o orçamento do Governo Federal for ampliado de R$ 17 bilhões para R$ 25 bilhões, o Brasil estará em condições de enfrentar a pandemia.
O ministro da saúde ainda destaca as várias mutações do vírus e como elas impactam na crise sanitária, impondo dificuldades não apenas no Brasil, mas em todo o mundo
Neste sentido, a única medida cabível para driblar esta situação é o avanço da campanha de vacinação, sobretudo no que compete à ampliação da dose de reforço. “Sabemos que os indivíduos que não têm o esquema vacinal completo têm mais chances de desenvolver formas graves da doença”, declarou.
Mas para obter sucesso quanto ao enfrentamento da pandemia e reduzir os casos de Covid-19, será essencial a colaboração de estados e municípios, em especial, no que compete ao avanço nas aplicações da segunda dose e da dose de reforço.
Queiroga ainda aproveitou para evidenciar o cenário de determinados estados, como aqueles situados na Região Norte do país, onde o índice de vacinação está bem abaixo do esperado. Portanto, a aplicação precisa acontecer no Pará, Maranhão, Amapá, Roraima, Tocantins e Manaus. Exclusivamente no Pará, é alto o número de hospitalizações e óbitos.