Confira o que se sabe sobre a mais nova variante da Covid-19, a Ihu

Pouco tempo após o surgimento da variante ômicron, a Covid-19 voltou a aparecer em uma nova versão. Há poucas semanas pesquisadores franceses descobriram e anunciaram a Ihu.

O estudo que permitiu a descoberta desta nova variante da Covid-19 foi realizado pelo Instituto Hospitalar Universitário de Marselha, cujas primeiras descobertas foram publicadas ainda no final de dezembro enquanto aguardavam a validação pelos pares. 

A variante Ihu, denominada de B.1.640.2, sobre a qual havia pouco conhecimento até a ocasião, também tinha resultado em uma quantidade limitada de casos de Covid-19. Segundo o centro de estudos especializado em doenças infecciosas, o primeiro caso foi identificado na cidade de Forcalquier, no departamento de Alpes da Alta Provença. 

Outros casos da nova variante da Covid-19 ainda foram registrados na região de Marselha, e estão vinculados às viagens para Camarões. É importante explicar que esta variante contém 46 mutações, superando a ômicron, sendo uma das duas derivadas da B.1.640, que haviam sido localizadas no final do mês de setembro na República do Congo. 

Um elemento peculiar da variante Ihu é que uma das mutações dela está associada ao possível aumento na transmissão do vírus. Entre o total de variações, 9 delas consistem na proteína “spike”, utilizada para se prender às células humanas. 

Segundo os autores do estudo, a identificação mostra novamente a imprevisibilidade do surgimento de novas variantes da Covid-19. Para o virologista e professor do Instituto de Medicina Tropical, José Eduardo Levi, o alto número de mutações não quer dizer que a variante seja mais grave, mas que existem sim chances de ela ser mais perigosa. 

Levi ainda explicou que as mutações na proteína “spike” são mais valorizadas, tendo em vista a probabilidade de alterarem as características biológicas do vírus, como a transmissão, mas que isso também não se trata de um indicativo de maior preocupação.

O primeiro caso desta nova cepa foi ligado a uma pessoa com histórico de viagens a Camarões, na região oeste da África. Embora ainda não tenha sido confirmado com exatidão de onde a variante é originária do continente africano, é preciso levar em conta que as taxas de vacinação no país são consideradas baixas, com apenas 2,4% dos camaroenses imunizados, de acordo com a Universidade John Hopkins. 

Entre na comunidade do FDR e receba informações gratuitas no seu Whatsapp!

Laura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.