IiNesta quarta-feira (8), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumentou a taxa Selic de 7,75% ao ano para 9,25% ao ano. Por conta disso, o cenário de crédito imobiliário passa por mudanças. Entenda se ainda vale a pena financiar um imóvel.
De forma unânime, o Copom decidiu aumentar os juros em 1,5 ponto percentual. A Selic atual representa o maior patamar desde julho de 2017, quando a Selic estava em 10,25% ao ano. Esta foi a sétima elevação consecutiva da taxa básica de juros. A tendência de alta acontece desde março deste ano.
O CEO e um dos fundadores da Oito Crédito Imobiliário, Tacyo Munhoz, explica que — diante dessa nova alta da Selic — há um novo cenário no crédito imobiliário vinculado à modalidade Poupança. Isso ocorre porque ela é ligada diretamente à própria taxa Selic.
Munhoz alega que, no lançamento deste produto — no segundo semestre de 2020 —, foi estabelecido um teto, caso a Selic aumente significativamente. O teto foi estipulado dessa forma: Caso a Selic passe de 8,50% ao ano, o rendimento da poupança será até 0,50% ao mês + TR (Taxa Referencial).
Por conta disso, as condições atuais dessa modalidade estão com juros finais de cerca de 10,36% ao ano. O funcionamento acontece desta forma:
- 3.95%* + 6.17%** + TR.
- *3.95% é a taxa de juros aproximada que os bancos usam atualmente na modalidade de Poupança;
- **6.17% é equivale aos 0.5% ao mês com os juros compostos.
O CEO da Oito destaca que a outra modalidade, que é corrigida somente pela TR, está na média dos 8.90% ao ano + TR. Devido a isso, esta opção está, no momento, mais atrativa.
Ainda vale a pena financiar um imóvel?
Ao FDR, o CEO da Oito, Tacyo Munhoz, afirma que “após o novo aumento da taxa Selic, é muito importante que o cliente que busca um crédito imobiliário entenda, de fato, a diferença das modalidades de financiamentos e faça os comparativos”.
Na condição atual, ele afirma que “a modalidade de correção pela poupança passa a ficar inviável”.
Apesar disso, Munhoz alega que a modalidade corrigida pela TR (Taxa Referencial) continua sendo a mais indicada e segura, “visto que esse índice tende a sofrer pouca oscilação com esse aumento da Selic”.