São Paulo descarta criar barreiras sanitárias mesmo com nova variante da COVID-19

A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo descartou o retorno de barreiras sanitárias nos terminais rodoviários do município e no aeroporto de Congonhas. A expectativa era que a cidade adotasse a medida, devido à variante ômicron, assim como foi feito entre maio e outubro por causa da variante delta.

A variante ômicron foi identificada em Botsuana, país vizinho à África do Sul, em meados de novembro. A cepa está se espalhando pelo mundo, tendo até o ultimo domingo (28), 13 casos encontrados na Holanda e dois tanto na Dinamarca quanto na Austrália.

A nova cepa apresenta sintomas leves, como dores musculares, cansaço e mal-estar por 1 ou 2 dias. Mesmo assim, a OMS (Organização Mundial da Saúde) advertiu na última segunda-feira (29) que a nova variante representa um “risco muito elevado” para o planeta.

Diante disso, os países estão realizando as barreiras sanitárias, com o intuito de evitar a disseminação da nova variante. Por enquanto, o Brasil não possui nenhum caso, mas o diretor da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antonio Torres, disse à CNN que há a possibilidade da variante já estar circulando no país.

Por esse motivo, a Anvisa recomendou medidas de restrição para voos procedentes da África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue. Porém, a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo informou que, por enquanto, não adotará barreiras sanitárias.

O secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, informou a Folha que está em conversa com o “Ministério da Saúde e com o governo do estado para monitorar a situação”. Dessa maneira, por enquanto, ainda não serão adotadas as barreiras sanitárias nos terminais rodoviários e aeroportos.

A Covisa (Coordenadoria de Vigilância em Saúde) está atuando em três terminais rodoviários e no aeroporto de Congonhas há cerca de cinco meses. No último domingo (28), a Anvisa divulgou que um brasileiro que passou pela África do Sul testou positivo para a Covid-19 após desembarcar no aeroporto de Guarulhos.

A Prefeitura de Guarulhos afirmou que fez um pedido aos mistérios da Saúde, da Infraestrutura e da Defesa, além da Casa Civil do Governo Federal, para reforçar as barreiras sanitárias de países da África do Sul.

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Glaucia Alves
Formada em Letras-Inglês pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atuou na área acadêmica durante 8 anos. Em 2020 começou a trabalhar na equipe do FDR, produzindo conteúdo sobre finanças e carreira, onde já acumula anos de pesquisa e experiência.