Valor da cesta básica: Veja alimentos mais caros e quais estados pagam mais

Pontos-chave
  • Na última sexta-feira (5), o Dieese divulgou o levantamento do preço da cesta básica no mês de outubro;
  • De acordo com a análise, em 16 das 17 capitais pesquisadas o preço dos itens voltou a subir;
  • A cesta mais cara foi registrada em Florianópolis, sendo de R$ 700,69;

Na última sexta-feira (5), o Dieese divulgou o levantamento do preço da cesta básica no mês de outubro. De acordo com a análise, em 16 das 17 capitais pesquisadas o preço dos itens voltou a subir.

A cesta básica é composta por 13 itens considerados essenciais: carne, leite, feijão, arroz, farinha, batata, tomate, pão, café, banana, açúcar, óleo e manteiga. A quantidade de cada produto varia, conforme a tradição alimentar.

O valor da cesta básica é avaliado todos os meses pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Na última sexta-feira (5), o órgão divulgou a análise do último mês.

De acordo com o Dieese, o preço da cesta básica voltou a subir em outubro em 16 das 17 capitais pesquisadas. A cesta mais cara foi registrada em Florianópolis, sendo de R$ 700,69. Seguindo a capital está São Paulo (R$ 693,79), Porto Alegre (R$ 691,08) e Rio de Janeiro (R$ 673,85).

Além de ter aumentado em quase todas as capitais, até o mês de setembro, o preço da cesta básica ainda não havia chegado a R$ 700. A mais cara até então tinha sido registrada em são Paulo por R$ 673,45.

Preço médio da cesta básica em outubro

Florianópolis R$ 700,69
São Paulo R$ 693,79
Porto Alegre R$ 691,00
Rio de Janeiro R$ 673,85
Vitória R$ 670,99
Campo Grande R$ 653,40
Brasília R$ 644,09
Curitiba R$ 639,89
Belo Horizonte R$ 598,79
Goiânia R$ 591,78
Fortaleza R$ 563,96
Belém R$ 583,44
Natal R$ 504,66
João Pessoa R$ 491,12
Salvador R$ 487,59
Recife R$ 485,26
Aracaju R$ 464,17

Salário mínimo e cesta básica

Analisando o reajuste da cesta em 12 meses, todas as 17 capitais pesquisadas tiveram reajustes. Os maiores percentuais foram observados em Brasília (31,65%), Campo Grande (25,62%), Curitiba (22,79%) e Vitória (21,37%).

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De acordo com os dados levantados no último mês, o preço da cesta ficou, em média, por R$ 582,43. Diante disso, e considerando o atual salário mínimo de R$ 1.100, a renda familiar chega a ser comprometida em mais de 53%.

Porém, em Florianópolis, onde o preço mais alto da cesta foi registrado (R$ 700,69), o trabalhador compromete mais de 63% da renda. Já em Aracaju, a cesta está por R$ 464,17 e compromete apenas 43% do rendimento.

Valor ideal do salário mínimo

Considerando a cesta mais cara do país, o Dieese estima que o salário mínimo necessário para sustentar uma família brasileira formada por quatro pessoas, dois adultos e duas crianças deveria ser de R$ R$ 5.886,50.

Porém, o piso nacional atual é de R$ 1.100, sendo 5,35 vezes menor do que o que é idealizado pelo Dieese. O salário mínimo é reajustado todos os anos, com base no INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) do ano anterior.

Com isso, garante aos brasileiros o poder de compra. A última previsão do INPC 2021 é que o ano termine em 9,1%. Dessa maneira, o reajuste será de R$ 100, passando a ser de R$ 1.200, a partir de 1º de janeiro de 2022.

Aumento no preço dos alimentos

De acordo com o Dieese, os itens que mais subiram entre os meses de setembro para outubro foram: batata, tomate, café, óleo de soja, açúcar e leite. A causa é o aumento de demanda, período de estiagem e exportação.

A batata teve uma alta em 10 das 17 cidades pesquisadas. O preço aumentou entre 15,51%, em Brasília, e 33,78%, em Florianópolis. O leite e a manteiga apresentaram aumento em 11 capitais, tendo a maior alta observada em Vitória (5,18%).

O óleo de soja teve alta em 13 capitais, tendo os maiores encarecimentos em Vitória (3,22%), Brasília (2,40%), Campo Grande (2,16%), Rio de Janeiro (1,81%) e São Paulo (1,76%). Já o valor do açúcar aumentou em 15 capitais, com o maior aumento sendo identificado no Rio de Janeiro (7,02%).

O quilo do tomate teve aumento em 16 capitais, assim como o café. O primeiro item teve os maiores aumentos registrados em Vitória (55,54%), João Pessoa (44,83%), Natal (42,16%), Brasília (40,16%) e, por fim, em Campo Grande (32,69%).

Como é possível perceber o aumento para esse item é muito maior que os demais e é causado pela exportação de quase todo a produção brasileira e a política de oferta e demanda. Já o pó de café teve destaque no preço em Vitória (10,14%), Rio de Janeiro (10,06%), Campo Grande (9,81%) e Curitiba (9,78%).

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Glaucia AlvesGlaucia Alves
Formada em Letras-Inglês pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atuou na área acadêmica durante 8 anos. Em 2020 começou a trabalhar na equipe do FDR, produzindo conteúdo sobre finanças e carreira, onde já acumula anos de pesquisa e experiência.
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