Após alta no diesel, andar de transporte público em 2022 ficará mais caro

Transporte público deve encarecer mediante reajustes no preço dos combustíveis. Nos últimos meses, a Petrobras vem anunciando uma série de mudanças o valor do diesel e da gasolina. Com isso, a população deverá se preparar para pagar mais caro também nas passagens de ônibus, metrô e demais veículos comunitários.

Após alta no diesel, andar de transporte público em 2022 ficará mais caro (Imagem: FDR)
Após alta no diesel, andar de transporte público em 2022 ficará mais caro (Imagem: FDR)

As contas brasileiras não param de ser reajustadas. Não bastasse o acréscimo de mais de 30% no valor da cesta básica, a população terá que pagar mais caro também nas passagens do transporte público. O principal motivo do reajuste é a alta no valor do Diesel.

Transporte público mais caro

Especialistas afirmam que em 2022 as passagens terão um reajuste significativo. Entre os motivos para justificar tal medida, está a redução no número de passageiros mediante a pandemia do novo coronavírus e o aumento no valor do litro do Diesel.

A previsão é de que sejam acrescentados mais de R$ 0,20 por passagem. O aumento pode ficar em torno de 40% e 50%, afirmam os especialistas. Atualmente, a média do transfer de ônibus é de R$ 4,00.

Segundo a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), o Diesel encareceu em mais de 65%, gerando um déficit em torno de R$ 17 bilhões para as empresas de transporte durante os últimos meses.

Até setembro, o IPCA apresentava um indicativo de 10,25%. Porém, o número pode ser novamente alterado até o fim do ano.

— São dois itens de peso que devem gerar um grande debate sobre o reajuste. A forma como o diesel afeta a família de baixa renda é pelo frete e pelo transporte público urbano. Em ano eleitoral a gente não costuma ver aumento de passagem, mas espero que haja algum reajuste, exatamente pela pressão que os aumentos do diesel vão exercer no custo -, explica André Braz, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor do FGV/Ibre, em entrevista ao portal Exame.

Caso o encarecimento se confirme, é de se esperar a ampliação da crise nacional. É válido ressaltar que parte significativa da população depende do transporte público para ir ao trabalho e se descolar na cidade. Quando maior o valor da passagem, mais devastador será seu impacto.

Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.