Dez dias para o início do Auxílio Brasil! Mas afinal, como vai funcionar?

ARAGUARI, MG — Os pagamentos do Auxílio Brasil, substituto do Bolsa Família, já estão com data marcada, para começar dentro de dez dias. No entanto, muitas dúvidas ainda cercam os cidadãos brasileiros sobre o funcionamento deste novo programa social em meio aos diversos debates acerca da fonte de financiamento. 

Dez dias para o início do Auxílio Brasil! Mas afinal, como vai funcionar?
Dez dias para o início do Auxílio Brasil! Mas afinal, como vai funcionar? (Imagem: FDR)

Embora um calendário já tenha sido pré-definido para vigorar entre os dias 17 a 30 deste mês de novembro, as famílias em situação de vulnerabilidade social ainda não têm certeza sobre o valor exato que irão receber, por exemplo. Outro critério duvidoso se refere à necessidade de atualização dos dados cadastrais do Cadastro Único (CadÚnico).

O próprio FDR afirmou que a inclusão no Auxílio Brasil não está condicionada exclusivamente à atualização do CadÚnico, até mesmo porque, esta exigência permanece suspensa, pelo menos, até o final deste ano por meio de decreto federal.

Entretanto a atitude é recomendada para quem tiver esta disponibilidade, como uma forma de alavancar as chances de ingresso no novo programa.

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Por esta razão, tem se formado extensas filas nas portas dos Centros de Referência em Assistência Social (CRAS) de cidades por todo o Brasil. O tumulto é causado por milhares de trabalhadores que ou desejam se inscrever ou atualizar os dados na esperança de conseguir uma vaga na futura transferência de renda.

Neste sentido, o Governo Federal já deixou claro que não haverá risco de apagão na transição entre o recém extinto Bolsa Família e o novo Auxílio Brasil.

Na última sexta-feira (5), o presidente da República, Jair Bolsonaro, editou um decreto que reajustou a linha de extrema pobreza que é usada como principal critério de elegibilidade permitindo a inclusão no Auxílio Brasil.

Além do mais, o valor médio que será pago, pelo menos, neste mês de novembro foi reajustado em 17%. A intenção oficial do governo é aumentar a quantia que até então pagava uma média de R$ 189, para cerca de R$ 400 mensais. 

Em contrapartida, já foi anunciado que por hora, seriam pagos apenas R$ 230, resultado do reajuste de 17% sobre a média do auxílio emergencial.

Posteriormente, o Auxílio Brasil pagaria R$ 400 em dezembro junto à compensação do que deveria ter sido integralmente disponibilizado aos beneficiários em novembro.

No final das contas, o governo pode pagar até R$ 560 no último mês deste ano, para então, dar início oficialmente nas parcelas de R$ 400 de janeiro de 2022 em diante. 

Mas tudo depende da aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos precatórios, que deve ser votada em segundo turno na Câmara dos Deputados em sessão no Plenário nesta terça-feira, 9. Se aprovada, o texto será enviado para o Senado Federal onde deve ser aprovado com facilidade, e então, seguir para sanção presidencial.

A PEC consiste no parcelamento de dívidas judiciais do Governo Federal, possibilitando a abertura de um espaço no Orçamento para financiar o Auxílio Brasil.

Porém, este não é o único recurso utilizado para custear o programa, pois há algumas semanas, Bolsonaro aumentou temporariamente a alíquota cobrada pelo Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) com o propósito de destinar a arrecadação extra às parcelas do Auxílio Brasil pagas em novembro e dezembro.

A reforma do Imposto de Renda (IR) também entrou na jogada, mas até então os líderes partidários também não chegaram em um consenso sobre o tema.

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Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.
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