Número de famílias endividadas sobe em outubro e chega à marca de 74%

Em outubro, o número de famílias endividadas no brasil chegou à marca de 74,6%. Este foi 11º mês consecutivo de aumento no número de brasileiros endividados. A pesquisa foi realizada Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, e divulgada nesta quinta-feira (4).

Número de famílias endividadas sobe em outubro e chega à marca de 74%
Número de famílias endividadas sobe em outubro e chega à marca de 74% (Imagem: Montagem/FDR)

Apesar dos aumentos mensais seguidos, o ritmo de crescimento do endividamento reduziu. A elevação de outubro foi de 0,6 ponto percentual em relação ao mês de setembro.

Já em comparação ao mês de outubro de 2020, o número recente de famílias endividadas cresceu 8,1 pontos percentuais. Vale destacar que o último resultado representa um novo recorde registrado pela confederação.

Com relação ao percentual de famílias com contas ou dívidas em atraso, o número foi de 25,6%. Este número representa uma alta de 0,1 ponto percentual em comparação ao mês passado. Na comparação com o número registrado em outubro de 2020, houve uma queda de 0,5 ponto percentual.

O número de famílias brasileiras que afirmaram não ter condições de quitar as contas em atraso — e seguirão inadimplentes — diminuiu de 10,3%, em setembro, para 10,1%, em outubro.

Dentre os inadimplentes, o tempo médio de atraso no pagamento das dívidas é de 61,4. Este é o menor patamar desde março. Sobre os atrasos acima de 90 dias, o percentual recente foi de 41,3%. Em outubro de 2020, a proporção era de 41,6%.

Dentre os tipos de dívida, a com cartão de crédito continua sendo o principal. Em outubro, a parcela foi de 84,9%. Ao comparar com o mesmo mês de 2020, essa modalidade subiu 6,4 pontos percentuais no endividamento. Este número representa o maior avanço anual da série histórica.

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Altas dos juros tem controlado o crescimento de famílias endividadas

No entendimento da CNC, o aumento na taxa básica de juros, a Selic, começa a influenciar a dinâmica do número de endividados. Como o crédito vem se tornando cada vez mais caro no país, o crescimento na contratação de dívidas vem se controlando.

Segundo o presidente da CNC, José Roberto Quadros, a inflação disseminada vem deteriorando os orçamentos domésticos. Com isso, o poder de compra das famílias tem diminuído — especialmente as na faixa de menor renda.

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Silvio SuehiroSilvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.
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