A partir de 1º de novembro, os caminhoneiros prometem paralisação se o governo não atender as reivindicações impostas. Por conta da possibilidade de greve dos caminhoneiros, os lojistas podem ser impactados em meio à Black Friday. A edição deste evento de promoções acontecerá no dia 26 de novembro.
No último final de semana, no Rio de Janeiro, entidades que representam caminhoneiros decidiram que realizarão greve — caso o governo não atenda uma lista de demandas da categoria. Com isso, os caminhoneiros estão em estado de greve.
As reivindicações incluem a diminuição do valor do diesel, o estabelecimento do frete mínimo e a revisão da política de preços da Petrobras.
Os caminhoneiros estabeleceram o prazo de 15 dias para que o governo atenda as solicitações. Neste encontro, as entidades que fizeram parte foram:
- Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL);
- Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC); e
- Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava).
Possível impacto da greve dos caminhoneiros em meio à Black Friday
Ao jornal A Voz da Serra, o bacharel em Direito, Lucas Barros, afirma que uma possível greve pode causar impactos negativos ao comércio durante a Black Friday. Nessa data, os lojistas costumam vender uma parte considerável dos estoques.
Diante disso, a paralisação pode provocar o desabastecimento de eletrônicos — que é a principal mercadoria comercializada.
Ao TecMundo, o diretor de Vendas e CS da Manhattan Associates Brasil, Marco Beczkowski, alega que o maior desafio logístico do varejo para a Black Friday é tem um bom abastecimento com os produtos e quantidades certas — um processo que acontece meses antes do evento de compras.
Outro desafio indicado é escoar os pedidos em um curto tempo, imediatamente após a data da Black Friday.
Por conta da distância da data, Marco acredita que não haverá muito impacto. Contudo, ele ressalta que a influência dependerá da abrangência, profundidade e resposta do governo à possível greve.
Por fim, o diretor alega que o comércio pela internet está maduro no país. Por conta de que estratégias como a venda de estoque futuro não são comuns no mercado, os consumidores e empresários tendem a ficar mais tranquilos.