O presidente da república, Jair Bolsonaro (sem partido), disse, durante entrevista na noite de terça-feira (12) à rádio “Jovem Pan”, que não irá se vacinar contra a COVID-19. Além disso, justificou a decisão afirmando que possui anticorpos contra a doença, após ficar doente pela mesma.
A declaração de que a vacinação contra a COVID-19 seria desnecessária para quem já teve a doença gerou discussão entre especialistas. Além disso, levou à população a confusão sobre a eficácia do imunizante nesses casos.
Porém, os especialistas continuam recomendando que quem já teve COVID-19 tome a vacina. O imunizante produz uma eficácia mais duradora do que a efetuada pela infecção natural pela doença.
Além disso, a vacinação não se trata apenas de se proteger, mas também de garantir a segurança da sociedade por inteira. Assim, contribui para restringir a circulação do vírus. Porém, para que seja eficaz é necessária à participação de 80% da população.
Dessa maneira, com a fala do presidente Bolsonaro a Campanha nacional de vacinação contra a COVID-19 pode ser prejudicada. Com isso, o retorno a normalidade pode vim a atrasar, prejudicando a economia.
Bolsonaro já havia recusado a vacina contra a COVID-19 em outros momentos, m as dizia que seria último brasileiro a ser imunizado. Tal atitude já o fez ter problemas em viagens internacionais e até em eventos locais.
Porém, agora o chefe do executivo mudou o discurso e afirmou que não irá tomar a vacina, pois não precisa. Essa foi a primeira vez que o mesmo falou diretamente sobre o assunto. Veja a fala na íntegra:
“No tocante à vacina, eu decidi não tomar mais a vacina. Eu estou vendo novos estudos, eu estou com o meu, a minha imunização está lá em cima, IGG está 991. Para que eu vou tomar uma vacina? Seria a mesma coisa que você jogar na loteria R$ 10 para ganhar R$ 2. Não tem cabimento isso daí”, disse o presidente à rádio.
Hoje, Bolsonaro tem 66 anos de idade e faz parte do grupo de risco para COVID-19. Porém, além de criticar a eficácia da vacinação continua defendendo o tratamento da doença com medicamentos cuja ineficácia é comprovada pela ciência, como a Cloroquina.