Em clima de instabilidade política, o ministro da economia, Paulo Guedes, deve ser interrogado na CPI da covid para prestar justificativas sobre o auxílio financeiro concedido para os órfãos da pandemia. Com o andamento das investigações sobre a atuação do governo federal, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) convocou o gestor prestar depoimento.
A CPI da covid vem movimentando as instâncias políticas do país. Sob possíveis fraudes na aquisição das vacinas e afirmações de desvio da verba pública, o ministro da economia, Paulo Guedes, deve ser convocado para falar sobre o auxílio financeiro que seria liberado para os órgãos da pandemia,
“Qual foi o papel do ministério da Economia? O ministro Paulo Guedes defendeu tratamento precoce, teve exposição e falas em reuniões ministeriais, dificultou a retomada do auxílio emergencial, quando o fez pagando R$ 250. Hoje o bujão de gás custa R$ 140. O Brasil foi devolvido à fome”, afirmou Renan Calheiros.
Prestação de contas do auxílio financeiro
Em seu pronunciamento, o Senador ressaltou a falta de participação da equipe econômica para apresentar medidas efetivas que minimizassem os impactos do novo coronavírus.
Renan questionou a eficácia do auxílio emergencial e deixou claro que o governo federal não cumpriu com sua obrigação de fornecer assistência às vítimas e suas famílias.
“Vamos responsabilizar também o Estado. Dentro da responsabilidade fiscal, vamos criar uma pensão para os órfãos. E vamos incluir a Covid-19, na perícia, entre as doenças que garantem a aposentadoria por invalidez”, disse.
Na sessão dessa quarta-feira, Renan avaliou a possibilidade de liberação de um auxílio financeiro no valor de um salário mínimo. A proposta precisará ainda ser debatida entre os parlamentares antes de ir para votação e validação.
“Vamos propor criar uma pensão especial de um salário mínimo para órfãos cuja renda familiar não permita sobrevivência até completar 21 anos. E incluir a Covid entre as doenças que podem ensejar, com perícia, a aposentadoria por invalidez. Vamos trazer essa proposta para discussão desse colegiado”, afirmou.
É válido ressaltar que os governos estaduais, especificamente no Nordeste, passaram a pagar auxílios para quem perdeu familiar por covid-19. O governo federal, no entanto, não se pronunciou sobre.