A última parcela do auxílio emergencial será paga neste mês de outubro. Porém, o Governo Federal estuda prorrogar novamente o benefício até 2022. O programa foi criado no ano passado para atender as famílias em situação de vulnerabilidade social no enfrentamento da pandemia de Covid-19.
O auxílio emergencial 2021 seria de apenas cinco parcelas de valor variável, conforme a composição familiar. Porém, com o avanço da pandemia no país o Governo Federal decidiu prorrogar os pagamentos por mais dois meses.
Diante disso, é previsto que o auxílio emergencial chegue ao fim no mês de outubro, após o pagamento da 7º parcela. Após isso, a ideia do governo era iniciar os pagamentos da ampliação do Bolsa Família.
O Novo Bolsa Família deve ser renomeado para Auxílio Brasil e deve ampliar o número de beneficiários e a média de pagamento. Atualmente, o programa assistencial contempla 14,6 milhões de famílias em situação de pobreza e pobreza extrema, com, em média, R$ 192.
Porém, a equipe econômica do governo, liderada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, está com dificuldades em conseguir recursos para a ampliação. Nos últimos dias foram aumentadas as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para bancar o Auxílio Brasil em novembro e dezembro.
Esse aumento é temporário e deve seguir apenas durante os últimos dois meses do ano para bancar uma despesa de R$ 1,62 bilhão para o novo programa. Diante disso, aliados políticos pressionam para uma nova prorrogação do auxílio emergencial.
A ideia dos parlamentares é que os pagamentos se estendam até 2022. Essa seria uma forma de continuar protegendo os beneficiários que ainda sofrem com as restrições sociais e a falta de trabalho. O presidente da república, Jair Bolsonaro (sem partido), já mostrou sinais de uma possível prorrogação.
Segundo ele, durante discurso realizado no dia 28 de setembro no interior da Bahia, é preciso atender aos mais necessitados que ainda não retornaram ao mercado de trabalho.
“Temos um país rico e podemos atender aos mais necessitados por mais algum tempo”.
Para bancar o Auxílio Brasil em 2022, o governo acredita na aprovação da PEC dos Precatórios para abrir espaço no orçamento. Além disso, a Economia conta com a arrecadação dos impostos sobre dividendos, previstos na reforma do Imposto de Renda.