Na última segunda, 6, o governo federal comunicou uma nova redução na mistura obrigatória de biodiesel no diesel. A redução que foi de 13% para 10% e valerá para os meses de novembro e dezembro de 2021.
A finalidade da redução é garantir o preço do combustível, um dos pedidos dos caminhoneiros.
O litro do diesel está custando em média R$4,627, de acordo com uma pesquisa da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
O governo vem anunciando reduções seguidas como forma de conter o preço do diesel, desde o mês de maio.
A tomada da decisão aconteceu na reunião do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) realizada na última segunda. O conselho é composto por diversos ministros e pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), estatal encarregada do planejamento energético.
De acordo com o governo, cerca de 71% do biodiesel é composto por óleo de soja, matéria-prima que está com preço elevado no exterior, em decorrência do aumento da demanda e a desvalorização do real frente ao dólar.
Por conta disso, a “adoção de medida temporária de redução do teor de biodiesel” se fez necessária.
“[…] verifica-se durante o ano de 2021 que o mercado mundial continua com forte demanda pela soja, elevando o preço da commodity no cenário internacional. No mercado doméstico, o preço da soja é também impulsionado pela desvalorização da moeda brasileira frente ao dólar”, disse o governo em nota.
“Assim, tendo em vista que o biodiesel brasileiro tem no óleo de soja sua maior parcela de matéria-prima, com cerca de 71%, sendo o restante oriundo de sebo bovino e outros óleos, verifica-se a necessidade de adoção de medida temporária de redução do teor de biodiesel”, finalizou o governo.
Reduções seguidas
Mesmo afirmando que esta é uma medida temporária, o governo está desde o mês de abril realizando reduções na mistura do biodiesel no diesel.
A decisão bateu com o fim da validade da medida provisória que zerou as alíquotas dos impostos federais PIS e Cofins que recaem sobre o diesel.