A aplicação da terceira dose das vacinas contra a Covid-19 acontecerá a partir do dia 15 de setembro. A confirmação foi feita pelo ministro da Saúde durante coletiva de imprensa realizada no último fim de semana.
Apesar da data oficial estipulada pelo Ministério da Saúde, alguns estados têm se adiantado. É o caso do Rio de Janeiro e São Paulo, que já anunciaram a aplicação das vacinas para a dose de reforço a partir dos dias 1º e 6 de setembro, respectivamente.
Mesmo diante da antecipação, esses estados estão agindo de acordo com as diretrizes do Plano Nacional de Imunização (PNI), no que diz respeito a destinar as doses das vacinas para a terceira dose para grupos prioritários como idosos e profissionais da saúde. O que pode distinguir de um local para outro é a faixa etária que pode partir dos 60 ou 80 anos de idade.
No geral, há certeza é de que por hora as vacinas da Pfizer serão utilizadas na dose de reforço. A escolha foi feita pelo Ministério da Saúde após analisar estudos que indicam maior eficácia em comparação a outras marcas.
Vale mencionar que um estudo realizado pelo Instituto do Coração (InCor) em parceria com a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), apontam a necessidade de uma terceira dose também para os adultos com mais de 55 anos que receberam as duas primeiras vacinas da CoronaVac, primeiro imunizante adquirido pelo Brasil.
Este estudo mostra que a imunização da CoronaVac tem eficácia somente até uma determinada idade e prazo desde quando foi aplicada. É o caso de pessoas que já foram infectadas pela Covid-19 mesmo após a vacinação com as duas doses. Depois do tempo de ação da vacina, a pessoa adquire a imunidade naturalmente.
Esses e outros estudos estão sendo realizados desde o final do mês de julho cogitando o uso da CoronaVac nesta etapa. No entanto, o Ministério da Saúde também tem estudado uma nova possibilidade, a de utilizar o imunizante chinês, Sinovac, produzido no Instituto Butantan, será a escolha para a aplicação da terceira dose.
Análises feitas por diversos países indicaram a redução drástica na eficácia em algumas semanas a partir da aplicação da segunda dose da vacina. Na oportunidade, especialistas ressaltam a importância dos adolescentes também serem incluídos no grupo prioritário do reforço vacinal tendo em vista a facilidade de disseminação do vírus que esses jovens possuem.
Portanto, entende-se que até que os resultados desses estudos sejam conclusivos, permanece a decisão de aplicar as vacinas da Pfizer na terceira dose.