Suspensa vacinação de adolescentes em SP após falta de vacinas

A vacinação de adolescentes no estado de São Paulo estava marcada para iniciar no dia 18 de agosto. Porém, na última quinta-feira (5), o governo estadual informou que a aplicação das doses só será definida após a regularização do repasse das doses da vacina da Pfizer pelo Ministério da Saúde.

Suspensa vacinação de adolescentes em SP após falta de vacinas
Suspensa vacinação de adolescentes em SP após falta de vacinas (Foto: Cristine Rochol/Prefeitura de Porto Alegre)

A vacinação de adolescentes de 12 a 17 anos foi autorizada pelo Ministério da Saúde no dia 11 de junho. O órgão permitiu o uso da vacina Pfizer/BioNTech para imunizar essa faixa etária. Até o momento, o imunizante é o único no país com autorização para ser aplicado em menores de 18 anos.

Diante dessa autorização, o estado de São Paulo definiu o dia 18 deste mês para iniciar a aplicação da vacina contra a Covid-19 nesse grupo. Porém, segundo o governo estadual, não foram repassadas todas as vacinas prometidas.

O estado recebeu 228 mil doses da Pfizer de um total de 456 mil a que São Paulo teria direito. O quantitativo é definido, conforme a divisão proporcional entre os estados referente ao tamanho da população.

Em defesa, o Ministério da Saúde negou que o estado teria direito a esse quantitativo de doses. O governo de São Paulo informou que irá acionar a Justiça. Porém, enquanto o repasse das doses não se regulariza, o início da vacinação de adolescentes ficará em aberto.

Na quarta-feira (4), o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, protocolou um ofício junto ao Ministério da Saúde. No documento foi solicitado a entrega as 228.150 doses que estavam previstas inicialmente em até 24 horas.

Segundo o secretário-executivo da Saúde, Eduardo Ribeiro, a aplicação da 1ª dose desse grupo permanecerá indefinida até que o “Ministério da Saúde regularize esta situação e garanta a continuidade dos envios de doses na proporcionalidade que vem sendo praticada por ele”.

A campanha de imunização dos adolescentes começaria com pessoas com comorbidades, deficiências, gestantes e puérperas. Esses fazem parte do grupo de prioridade definido pelo Plano Estadual de Imunização de SP.

A coordenadora do Plano Estadual de Imunização (PEI), Regiane de Paula, informou que no dia 27 de julho houve uma Câmara Técnica de Epidemiologia. No momento, foi discutida a revisão dos quantitativos enviados para regiões Norte e Nordeste. Sendo assim, o encontro se tratava do aumento de doses enviadas.