SP autoriza gestantes a tomarem 2ª dose da Pfizer após receberem AstraZeneca

O Governo do Estado de São Paulo (SP) autorizou a aplicação de uma dose da vacina da Pfizer nas gestantes e puérperas que receberam a primeira dose da AstraZeneca. Portanto, o novo imunizante atuará como um reforço para o esquema vacinal.

SP autoriza gestantes a tomarem 2ª dose da Pfizer após receberem AstraZeneca
SP autoriza gestantes a tomarem 2ª dose da Pfizer após receberem AstraZeneca. (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic)

O comunicado foi feito pelo vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), durante uma coletiva de imprensa realizada na tarde desta quinta-feira, 22, no Palácio dos Bandeirantes, situado no Morumbi. A vacinação deste grupo com a Pfizer começa nesta sexta-feira, 23. 

A instrução repassado pelos estados aos municípios é para que se respeitasse as determinações do Ministério da Saúde sobre a imunização de grávidas e puérperas com a segunda dose em até 45 dias após a data do parto. É importante lembrar que há a imunização deste grupo foi suspensa no Estado do Rio de Janeiro (RJ).

A medida foi adotada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que restringiu a aplicação da AstraZeneca em grávidas e puérperas após verificar as recomendações da bula do imunizante. Segundo as diretrizes, a aplicação desta vacina requer orientação médica. 

Na oportunidade, a coordenadora do programa estadual de imunização, Regiane de Paula, a previsão é para que cerca de nove mil grávidas que já receberam a primeira dose com a AstraZeneca, devem procurar os postos de vacinação para completar o esquema vacinal com a Pfizer.

A escolha por fazer a junção de ambos os imunizantes ocorreu em virtude da eficácia comprovada desta combinação. 

É importante mencionar que no ato da vacinação com a Pfizer as grávidas e puérperas deverão assinar um termo de ciência. Em complemento, Regiane de Paulo explicou que por gerar certa confusão, o documento não se trata de um termo de responsabilidade, tendo em vista que ele tem o objetivo de apenas registrar a data e a marca da vacina recebida por cada uma dessas mulheres. 

“Não é termo de responsabilidade, é o termo de ciência. Eu, como indivíduo, muitas vezes eu tenho uma carteira vacinal e eu não sei qual data eu tomei a vacina. Só sei que devo voltar em algumas semanas”, explicou Regiane. 

Ela ainda faz um alerta para que as grávidas e puérperas procurem o médico ginecologista em que fazem acompanhamento para acertar todos os detalhes sobre o recebimento da segunda dose com a vacina da Pfizer. Isso porque, a medida vai contra as determinações do Ministério da Saúde quanto à aplicação de marcas diferentes. 

Contudo, a coordenadora do plano estadual de vacinação lembrou que apesar das deliberações da pasta federal, os estados e municípios têm autonomia para definir as próprias ações em combate à pandemia da Covid-19.

“Essa decisão é bipartite, tomada pelo estado de São Paulo e pelo colegiado de cientistas da Secretaria de Saúde”, finalizou Regiane de Paula.

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Laura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.