Auxílio Brasil: Governo Bolsonaro propõe trocar nome do Bolsa Família

Pontos-chave
  • A proposta é ampliar o programa no valor médio e no número de beneficiários;
  • Além disso, com intuito de desvincular o Bolsa Família da antiga gestão petista, deve ser mudado o nome do Bolsa Família para “Auxílio Brasil”;
  • O governo pretende ampliar o número de beneficiários em mais 4 milhões;

No ano passado, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), tentou acabar com o Bolsa Família e criar outro programa assistencial que fosse vinculada a atual gestão. Porém, a tentativa não foi bem sucedida e, por isso, o governo decidiu ampliar o atual programa, substituindo o nome para Auxílio Brasil.

Auxílio Brasil: Governo Bolsonaro propõe trocar nome do Bolsa Família
Auxílio Brasil: Governo Bolsonaro propõe trocar nome do Bolsa Família (Imagem: montagem/FDR)

No ano passado, o presidente Bolsonaro tentou substituir o Bolsa Família pelos programas Renda Brasil e Renda Cidadã. Porém, sem recursos para bancar as novas despesas e após muitas discussões ambos foram descartados.

Diante disso, o governo decidiu continuar pagando o Bolsa Família. Porém, a proposta é ampliar o programa no valor médio e no número de beneficiários. Com isso, será possível ajudar ainda mais famílias em situação de vulnerabilidade social.

Além disso, com intuito de desvincular o Bolsa Família da antiga gestão petista, deve ser mudado o nome do Bolsa Família para “Auxílio Brasil”. Essa é uma estratégia política, já que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva será o provável adversário de Bolsonaro em 2022.

Bolsa Família de R$ 300

Atualmente, o Bolsa Família contempla 14,6 milhões de famílias em situação de pobreza e pobreza extrema. O valor recebido por cada beneficiário é variável, conforme a composição familiar. Porém, a média de pagamento do programa é de R$ 192.

A proposta da atual gestão presidencial é aumentar essa média de pagamento para R$ 300. Para isso, será necessário criar novos benefícios. Porém, as propostas até agora sugeridas são voltadas para crianças e adolescentes em período escolar.

A ampliação do pagamento do benefício deixou a equipe econômica com dificuldade para encontrar fundos para bancar as novas despesas. Segundo o Secretário da Fazenda, Bruno Funchal, o Orçamento Geral da União de 2022 terá uma folga de R$ 25 bilhões a R$ 30 bilhões.

Esse valor será usado para bancar a ampliação do Novo Bolsa Família. Porém, até agora nada foi confirmado pelo Executivo ou Ministério da Economia. O novo programa deve iniciar os pagamentos a partir de novembro, após o fim do auxílio emergencial.

Mais beneficiários no Auxílio Brasil

O governo pretende ampliar o número de beneficiários em mais 4 milhões. Para isso, a ideia é ampliar a média salarial das famílias contempladas como extrema pobreza. Atualmente, a renda familiar per capita desses beneficiários é de até R$ 89.

Auxílio Brasil: Governo Bolsonaro propõe trocar nome do Bolsa Família
Auxílio Brasil: Governo Bolsonaro propõe trocar nome do Bolsa Família (Imagem: montagem/FDR)

Dessa maneira, para contemplar mais pessoas, a proposta é ampliar a renda mensal para até R$ 100. Com isso, o número de beneficiários passará de 14,6 milhões de contemplados para 18,6 milhões.

Critérios do Bolsa Família

Novo Bolsa Família

Para aumentar a média salarial que será paga no Novo Bolsa Família ou no Auxílio Brasil, a proposta é criar novos benefícios. Atualmente, o programa possui 5 benefícios de valor variável e direcionado para um público alvo:

Novo Bolsa Família 2021: O que Bolsonaro pretende fazer com pagamentos?

O Bolsa Família permite que cada família receba até cinco benefícios. Porém, o benefício jovem só pode ser pago para dois membros de uma mesma casa. Veja abaixo os novos benefícios que surgiram após o anúncio da ampliação:

Os benefícios voltados para a creche serão pagos as famílias que tenham crianças de 0 a 3 anos de idade. Como se tratam de pagamentos voltados para a educação, a proposta é liberar R$ 6 bilhões do Fundeb para bancar essa despesa.

Glaucia Alves
Formada em Letras-Inglês pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atuou na área acadêmica durante 8 anos. Em 2020 começou a trabalhar na equipe do FDR, produzindo conteúdo sobre finanças e carreira, onde já acumula anos de pesquisa e experiência.
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