Por que a conta de luz vai ficar mais cara? Crise hídrica sugere rever gastos

Pontos-chave
  • O reajuste passará a valer a partir de julho;
  • O país passa pela pior crise hídrica dos últimos 91 anos;
  • Algumas medidas podem ser tomadas para economizar na conta de luz.

Nesta terça-feira (29), a Agência Nacional de Emergia Elétrica (Aneel) aprovou um reajuste na bandeira vermelha patamar 2. O aumento será de 52% a partir de julho. Assim, a taxa passará de R$ 6,243 por 100 kWh para R$ 9,49 por 100 kWh. Entenda por que a conta de luz vai ficar mais cara.

Por que a conta de luz vai ficar mais cara? Crise hídrica sugere rever gastos
Por que a conta de luz vai ficar mais cara? Crise hídrica sugere rever gastos (Imagem: Eric Anada/Pexels)

As bandeiras tarifárias se referem às cobranças extras na conta de luz. As possíveis bandeiras são: verde, amarela ou vermelha. A bandeira verde não possui cobrança, e vale quando as condições são favoráveis.

Por outro lado, quando há problemas, há cobrança das bandeiras amarela, vermelha, ou vermelha patamar 2 — o maior nível de cobrança. Por conta disso, o reajuste significa maior custo.

A diretoria da Aneel ainda aprovou novos valores para outras bandeiras. A bandeira amarela terá cobrança de R$ 1,874 a cada 100 kWh. Já a vermelha patamar 1 terá valor de R$ 3,971 a cada 100 kWh.

Atualmente, a conta de luz já está na bandeira vermelha patamar 2, a mais alta. Com o reajuste, o consumidor deve sentir o impacto no bolso a partir do mês de agosto.

Segundo o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), André Braz, conforme o blog Nubank. O aumento na bandeira tarifária pode encarecer a conta de energia em 8%, em média.

Ele destaca que o impacto não é permanente. Esta alteração vigora durante a prática da bandeira vermelha patamar 2. Braz alega que a medida pode se estender durante todo o segundo semestre.

Por que a conta de luz vai ficar mais cara?

O reajuste das bandeiras tem sio uma prática comum. A última alteração foi feita em 2019. Contudo, um reajuste considerável, como o atual, acontece raramente. Isto ocorre porque o Brasil passa pela pior crise hídrica dos últimos 91 anos.

Esta crise diminuiu o nível dos reservatórios das hidrelétricas. Os reservatórios das hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste estão com 29,83% da capacidade de armazenamento, conforme dados do Operador Nacional do Sistema (NOS).

Vale destacar que este subsistema Sudeste/Centro-Oeste representa 70,1% do total de reserva energética do setor.

Por conta disso, as usinas termelétricas — as mais caras — estão sendo acionadas para o fornecimento de energia. Apesar deste problema, o governo desconsidera a possibilidade de ocorrer apagão e racionamento de energia neste ano.

Diante do cenário atual, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, fez um pronunciamento televisivo nesta segunda-feira (28). Ele destacou que o país passa por um momento de crise hídrica. Por conta disso, o ministro pediu que a população tenha uso consciente e responsável de água e energia.

Ele afirmou que este uso consciente poderá reduzir consideravelmente a pressão sobre o sistema elétrico. Desse modo, seria possível diminuir também o custo da energia gerado.

A população pode realizar algumas ações diárias para que a conta de luz tenha menor impacto
A população pode realizar algumas ações diárias para que a conta de luz tenha menor impacto (Imagem: Mohamed Khaled/Pexels)

Medidas para economizar na conta de luz

Para economizar na conta de luz, algumas medidas podem ser tomadas. Segundo dicas da Aneel e do Procon-SP, levantadas pelo CNN Brasil Business, algumas ações que podem feitas, conforme o aparelho, são:

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Silvio SuehiroSilvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.
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