Ministro admite crise hídrica e pede ajuda da população; como evitar racionamento?

Nesta segunda, 28, Bento Albuquerque, o ministro de Minas e Energia, disse em seu pronunciamento na televisão que o Brasil atravessa um momento de crise hídrica. Ele solicitou que a população faça o “uso consciente e responsável” da água e energia elétrica.

Ministro admite crise hídrica e pede ajuda da população; como evitar racionamento?
Ministro admite crise hídrica e pede ajuda da população; como evitar racionamento? (Imagem: Blog da Energia)

O ministro ressaltou que o último período de chuvas, em especial nas regiões Sudeste e Centro Oeste, foi o mais seco dos últimos 91 anos. 

O uso consciente e responsável de água e energia reduzirá consideravelmente a pressão sobre o sistema elétrico, diminuindo também o custo da energia gerada”, disse.

Bento afirmou que o atual momento de crise causou uma preocupação natural em grande parte dos brasileiros sobre um possível racionamento de energia. Porém, garantiu que o setor é “robusto” e conseguirá manter o fornecimento de energia para todos.

Na última semana, Arthur Lira, presidente da Câmara, chegou a dizer que o governo estava estudando um plano de racionamento “educativo” de energia para evitar um apagão. Pouco tempo depois, porém, voltou atrás e disse que o governo somente estimularia o “uso eficiente” de energia.

Jair Bolsonaro editou nesta segunda também, uma MP (medida provisória) que estabelece uma câmara interministerial para gerir a crise hídrica e energética no Brasil.

Albuquerque explicou que esta MP tem a finalidade de “fortalecer a governança do processo decisório”. As medidas provisórias possuem força de lei assim que publicadas e necessitam de aprovação pelo Congresso Nacional para se tornarem leis definitivas.

Conta de luz

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) se reuniu hoje (29) para estabelecer o valor do reajuste das bandeiras tarifárias. A cobrança extra na conta de luz acontece sempre que o custo de produção de energia sobe.

A decisão de subir para R$9,49 no valor da bandeira vermelha para cada 100 kWh gastos, entrará em vigor no início do próximo mês. Esta é a bandeira mais cara do sistema.

A Aneel afirmou que os níveis dos reservatórios estão “consideravelmente baixos”, e a perspectiva é “desfavorável”.

A agência acrescenta ainda que o cenário “sinaliza horizonte com reduzida capacidade de produção hidrelétrica e elevada necessidade de acionamento de recursos termelétricos”. 

A energia produzida pelas usinas termelétricas é mais cara quando comparada com a das usinas hidrelétricas.

Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.