No dia 15 de agosto, está prevista uma parada técnica da Petrobras na produção de gás no campo de Mexilhão e no gasoduto Rota 1. A parada tem a previsão de durar 30 dias. Diante do cenária de crise de energia, esta medida pode agravar a situação atual, segundo informado pelo Globo.
Em nota, a Petrobras informou que a manutenção foi planejada. Por conta disso, não poderá ser adiada. Por conta da situação crítica de seca, as termelétricas e empresas poderão enfrentar dificuldades para conseguir gás natural.
Segundo a presidente da MDC, empresa de energia renovável produtora de biometano e energia a partir de biomassa, Manuela Kayath, ao Globo, a parada acontece em um momento em que as termelétricas deverão estar operando com a capacidade para suprir a redução da geração hidrelétrica.
Conforme especialistas, a parada técnica na Bacia de Mexilhão preocupa, pois é difícil redirecionar a produção de outras regiões. A Petrobras afirma que o campo de Mexilhão corresponde a 11,8% de toda a produção nacional de gás natural.
No fim de maio, diante da seca enfrentada, o Sistema Nacional de Meteorologia (SNM) divulgou um Alerta de Emergência Hídrica para o os meses de junho a setembro, na região da Bacia do Paraná. Esta bacia engloba os estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Pauli e Paraná.
Governo prepara MP para solucionar crise de energia
O governo federal planeja uma Medida Provisória para lidar com a crise energética no país, segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo e confirmada pela CNN. Dessa forma, o governo busca evitar um apagão nacional.
A medida inclui a criação da Câmara de Regras Operacionais Excepcionais para Usinas Hidrelétricas (CARE). Esta Câmara poderá adotar ações como a diminuição obrigatória do consumo e a contratação emergencial de termoelétricas.
Em resposta à notícia veiculada pelo O Estado de São Paulo, o Ministério de Minas e Energia (MME) afirma que as instituições do setor seguem trabalhando para o movimento da segurança — no ano que se deflagrou a pior hidrologia da série histórica de 91 anos.
A quantidade de chuvas impacta a geração de energia nacional. Isto ocorre porque 65% da produção de eletricidade do parque gerador brasileiro é composta por hidroelétricas.