Na última semana o Datafolha publicou uma pesquisa sobre o impeachment contra Bolsonaro (sem partido) e apontou que 46% dos brasileiros aprovam a decisão. Essa é a primeira vez que o público pró-impeachment é mais numeroso.
Essa não é a primeira vez que o Impeachment contra Bolsonaro vem a ser discutido. Porém, essa é a única vez que a maior parte da população se mostra a favor da medida, segundo os dados da pesquisa realizada pelo Datafolha.
Porém, de acordo com a margem de erro na pesquisa, o país está dividido sobre o Impeachment contra o atual Presidente da República. O Datafolha entrevistou presencialmente 2.071 pessoas em todo o Brasil, nos dias 11 e 12 de maio.
A pesquisa possui uma margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%. Esse percentual é reflexo da avaliação negativa dos brasileiros sobre a gestão de Bolsonaro.
O Presidente, que está no mandato há dois anos e quatro meses, enfrenta a pandemia de Covid-19 e os impactos econômicos e sociais gerados pela mesma há um ano e dois meses. Sendo assim, metade de sua gestão foi atingida por esse período de crise.
A situação de Bolsonaro só faz piorar, já que agora está sendo alvo de investigações na CPI da COVID e no caso do Bolsolão. O primeiro investiga as ações adotadas pelo chefe do executivo em relação ao combate do Coronavírus.
Está sendo descoberto que Bolsonaro recusou propostas de vacinas e isso influenciou na demora do início do Plano Nacional de Imunização (PNI). Além disso, contribuiu para a falta de doses dos imunizantes.
Também está sendo investigadas as falas e ações do presidente que tenham influenciado na disseminação da doença no país. Entre esses estão o incentivo ao uso do medicamento Cloroquina para o tratamento da Covid, sem nenhuma comprovação cientifica, e o não uso de máscara nos eventos oficiais.
A CPI também investiga as aglomerações guiadas por Bolsonaro, tanto em eventos como em manifestações. O presidente também é acusado de influenciar a redução de entrega de doses da vacina chinesa (CoronaVac), por meio dos ataques verbais feitos ao país.
Sendo assim, caso Bolsonaro sofra impeachment a ação deve gerar influencia na vacinação da COVID-19. Porém, isso dependerá também da atitude adotada pelo seu substituto, o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB).