Privatização da Eletrobras deve causar aumento expressivo nas contas de luz

Conta de luz dos brasileiros pode ficar mais cara a depender da privatização da Eletrobras. Nessa quarta-feira (19), mais de 30 entidades do setor de energia se reuniram para debater o projeto que objetiva desvincular a empresa do setor público. A proposta foi analisada na Câmara dos Deputados e contou com recusas até mesmo do governo federal.

Privatização da Eletrobrás deve causar aumento expressivo nas contas de luz (Imagem: Reprodução/Exame)
Privatização da Eletrobrás deve causar aumento expressivo nas contas de luz (Imagem: Reprodução/Exame)

Uma das características da gestão do ministro da economia, Paulo Guedes, tem sido a privatização de uma série de estatais brasileiras.

O gestor já deixou claro seu interesse vender marcas como os Correios, Banco do Brasil, entre outros. Mas nesse momento a pauta da vez se tornou a Eletrobras.

Sobre o processo de privatização

O debate para que a Eletrobras deixe de ser de responsabilidade pública vem ocorrendo há semanas. No entanto, apenas nessa quarta-feira (19) é que parte significativa do setor produtivo se posicionou contra a decisão.

De acordo com eles, se a medida for efetivada haverá um aumento em grande escala no preço das contas de luz. Há previsão é de que a energia fique ao menos 8% mais cara para os pequenos consumidores.

Já para grandes empresas a despesa resultaria em um reajuste de 15%, o que justifica sua recusa.

O que diz o governo federal

Surpreendentemente, até mesmo agentes da equipe federal se mostraram contra a proposta. Muitos relataram que o texto inicial da MP foi alterado de modo que dificulte na entrada de investidores privados na empresa. Além disso, o setor de energia passaria a ficar limitado em suas comercializações.

Relator da proposta, Elmar Nascimento (DEM/BA) informou que a nova versão revisada contém uma série de mudanças já debatidas com os ministérios de Minas e Energia e Economia. Ele afirmou que nenhuma das edições irá gerar aumento na conta de energia.

“Pelo contrário, mais recursos irão para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) que ajuda a reduzir a conta de energia dos pequenos consumidores”, diz.

Até o momento não há previsão para a validação final da pauta. A proposta deve circular entre demais parlamentares e uma nova votação será feita até que a última versão de seu texto seja disponibilizada.

 

Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.