Alguns países propuseram a Organização Mundial do Comércio à suspensão de patentes de vacinas contra COVID. O pedido é liderado pela África do Sul e Índia. Na última quarta-feira (5), os Estados Unidos anunciou apoio à quebra.
Caso a suspensão de patentes de vacinas contra COVID seja aprovada pela Organização Mundial do Comércio será possível aumentar a produção dos imunizantes.
A chefe da agência para comércio exterior do governo norte-americano, Katherine Tai, disse em nota que o país apoia a dispensa da proteção para as vacinas contra Covid.
Em defesa da medida, afirmou que os Estados Unidos defende a proteção à propriedade intelectual. Porém, devido à crise de saúde mundial gerada pela pandemia é necessário tomar atitudes extraordinárias, com o intuito de acabar com a doença.
Tai lembrou que os suprimentos necessários para vacinar o povo americano estão garantidos. Porém, o governo do país está articulando com o setor privado para que a fabricação das vacinas seja ampliada, assim como a sua distribuição.
Além disso, afirmou que o país tem como compromisso aumentar as matérias-primas necessárias para produzir os imunizantes. Dessa maneira, os Estados Unidos não apenas demostrou apoiar a medida como também esclarece que está fazendo tudo o que é possível para contribuir com o fim da Covid-19.
Os países líderes do pedido de suspensão de patentes de vacinas contra COVID junto com os Estados Unidos estão criando um novo plano que apresente a necessidade dessa medida. Dessa maneira, esse documento deve ser discutido nas próximas semanas.
O pedido surgiu, principalmente, dos países em desenvolvimento. É importante lembrar que o mundo inteiro vive uma situação crítica diante da pandemia e do aumento de casos de morte por Covid.
Porém, são os países mais pobres que mais sofrem com a doença. Além disso, esses são os que mais apresentam dificuldade em adquirir as vacinas. Um dos países que lidera o pedido, a Índia, é, atualmente, o epicentro da Covid.
A suspensão de patentes, caso seja aprovada, irá beneficiar diversos países, inclusive o Brasil. Atualmente, a taxa de imunização completa contra Covid-19 da população brasileira, ou seja, que receberam as duas doses, não chega a 10%.