Nesta segunda-feira, 8, a Petrobras comunicou que haverá um novo aumento nos valores do diesel e da gasolina, cobrados pelas refinarias da empresa. Este já é o sexto aumento no preço da gasolina somente em 2021, de maneira que o valor médio do litro do combustível passará de R$ 2,60 para R$ 2,84, ou seja, uma alta de aproximadamente 9,2%.
Quanto ao diesel, este será o quinto reajuste do ano, que elevará o valor médio de R$ 2,71 para R$ 2,86, ou seja, aumentou em cerca de 5,5%.
Os últimos reajustes foram feitos nos dias: 1º de março, 18 de fevereiro, 8 de fevereiro, 26 de janeiro e 18 de janeiro, sendo que na última data mencionada, afetou somente o preço da gasolina.
No que se refere ao diesel, o último reajuste ocorreu no dia 2 de março, atingindo o patamar de 5%.
É importante lembrar que no final de 2020, o valor do litro do combustível era de R$ 1,84 nas refinarias, em outras palavras, R$ 1 mais barato que o atual preço de mercado.
O principal motivo que gerou em um novo reajuste equivale ao aumento nos preços internacionais do petróleo recentemente, que elevou a valorização do barril para 7,5%.
Na oportunidade, a Petrobras ressaltou a necessidade de adequar com base nos valores impostos pelo mercado internacional, com o intuito de assegurar que o mercado local não corra risco de ficar desabastecido considerando as disparidades no atendimento promovido em cada região brasileira.
“O preço da gasolina e do diesel vendidos na bomba do posto revendedor é diferente do valor cobrado nas refinarias da Petrobras. Até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis, além das margens brutas das companhias distribuidoras e dos postos revendedores de combustíveis”, ressaltou a estatal.
Composição de valores dos combustíveis
Conforme mencionado anteriormente, não só nas últimas semanas, mas nos últimos meses, os cidadãos brasileiros têm se deparado constantemente com o frequente aumento no preço dos combustíveis, resultante da combinação entre o valor elevado do dólar junto ao aumento da cotação internacional do petróleo.
É essencial compreender que o valor dos combustíveis é aplicado na bomba ou na revenda, se tratando do gás de cozinha. Assim, boa parte da quantia desembolsada pelo consumidor brasileiro afeta diretamente no preço cobrado pela Petrobras, constituindo uma espécie de cascata.
O valor cobrado nas refinarias é composto pela adição de demais combustíveis na mistura, além dos preços de distribuição e revenda.
Lembrando que após sair das refinarias os valores são atualizados, contando com a incidência de tributos federais como a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), Programa de Integração Social (PIS), Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) e Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Composição dos combustíveis
Antes de mais nada, é importante ressaltar que se tratando do diesel e gasolina, a adição e mistura de outros combustíveis se torna um fator relevante para o aumento dos preços. De acordo com a pesquisa mais recente feita pela Petrobras nas principais capitais brasileiras entre 14 a 20 de fevereiro, a composição da média de valores dos combustíveis ocorre da seguinte maneira:
Gasolina
- 8% – Distribuição e revenda (custos e margem de lucro);
- 14% – Cide (contribuição partilhada), PIS e Cofins (contribuições federais);
- 16 – Custo do etanol anidro;
- 28% – ICMS (imposto estadual);
- 34% – Preço da Petrobras na refinaria.
Diesel
- 8% – Cide (Contribuição partilhada), PIS e Cofins (contribuições federais);
- 12% – Distribuição e revenda (custos e margem de lucro);
- 13% – Custo do biodiesel;
- 14% – ICMS (imposto estadual);
- 53% – Preço da Petrobras na refinaria.
Gás de cozinha
- 3% – PIS e Cofins (contribuições federais);
- 15% – ICMS (imposto estadual);
- 34% – Distribuição e revenda (custos e margem de lucro);
- 48% – Preço da Petrobras na refinaria.