O consumo das famílias brasileiras em 2020 teve uma queda de 5,5% no PIB (Produto Interno Bruto). Essa redução é resultado dos impactos gerados pela pandemia de Covid-19, que vigorou por 10 meses no Brasil no ano passado.
O recuo de 5,5% no PIB foi o maior desde o início do indicador em 1996. Nesse mesmo contexto, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou nesta quarta-feira (03), que a economia brasileira teve uma queda de 4,1% em 2020, sendo este o pior desemprego em 24 anos.
O Instituto afirma que a pandemia de Covid-19, as restrições sociais e os impactos gerados na economia foram os grandes vilões para esse resultado tão desastroso no desempenho do indicador das finanças do país.
A coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, declarou que o resultado apresentado é fruto da paralização, parcial ou total, das diversas atividades econômicas no ano passado, com o intuito de controlar a disseminação da Covid.
Palis completou dizendo que, mesmo com a flexibilização das medidas de restrições, muitas pessoas continuaram mantendo o distanciamento social e optando sair apenas para os serviços essenciais, com medo de se contaminar.
Diante disso, os setores que mais sofreram continuam tendo baixo rendimento, já que seus serviços envolvem aglomeração de pessoas, como academias, restaurantes, lanchonetes, cinemas, bares e salões de beleza, por exemplo.
O único setor que cresceu em 2020 foi a agropecuária em 2%. Porém, os principais setores da economia nacional são serviços e indústria e esses, infelizmente, tiveram uma queda de 4,5% e 3,5%, respectivamente.
É importante lembrar que parte dos brasileiros foram contemplados pelo auxílio emergencial, antecipação do 13º salário e saque do FGTS emergencial. Diante disso, a maior parte desses cidadãos optou por comprar alimentos em grande quantidade, com medo da inflação.
Com isso, o setor de agropecuária teve alta demanda de produtos e tiveram que dar conta dos pedidos. Por esse motivo, é justificável, ser o único setor que obteve um saldo positivo no pior ano para a economia brasileira dos últimos anos.
O PIB também divulgou que o consumo do governo teve uma queda de 4,7% e o setor de investimentos, voltado para a Formação Bruta de Capital Fixo, uma queda de 0,8%. Esse último, teve uma recuperação no último trimestre de 2020.