Impactado pela pandemia do coronavírus, o Produto Interno Bruto (PIB) registrou uma queda de 4,1% no ano passado, em comparação com 2019. Esta é maior queda anual da série iniciada no ano de 1996. Este resultado quebrou a sequência de três crescimentos consecutivos entre 2017 e 2019, quando o PIB acumulou uma alta de 4,6%.
No quarto trimeste, o PIB fechou com alta de 3,2% quando comparado ao terceiro trimestre. Porém, ao compararmos com o mesmo período de 2019, a queda é de 1,1%.
Os dados foram divulgados nesta quarta, 3, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O PIB que é o resultado da soma dos bens e serviços finais produzidos no país, totalizou R$ 7,4 trilhões no ano passado em valores correntes.
O PIB per capita, ou seja, por habitante alcançou R$ 35.172 em 2020, representando queda recorde de 4,8% em comparação a 2019.
A pandemia de covid-19 é a grande responsável por esse resultados. Por conta dela, diversas atividades econômicas foram parcial ou totalmente paralisadas como forma de controle da disseminação do vírus.
Mesmo com a flexibilização do isolamento social, muitos consumidores permaneceram com medo de ir as ruas, principalmente os serviços que podem provocar aglomeração.
Agropecuária cresce
Os setores de serviços e indústria que são responsáveis por 95% da economia do Brasil, sofreram quedas significativas no ano passado. No caminho contrário, a agropecuária cresceu.
Confira o desempenho por atividade no PIB:
- Consumo das famílias: -5,5%
- Consumo do governo: -4,7%
- Serviços: -4,5%
- Indústria: -3,5%
- Investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo): -0,8%
- Agropecuária: +2%
PIB de 3,29% neste ano
O mercado financeiro estima que o PIB do país tenha um crescimento de 3,29% em 2021, segundo o último Boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta semana.
A expectativa do mercado vai de encontro com a linha seguida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que afirmou prever que a economia do país cresça entre 3% e 3,5% neste ano.
A previsão atual de Guedes é mais moderada do que suas últimas expectativas. No final de janeiro, em uma transmissão com investidores, o ministro afirmou que a economia poderia crescer até 5% neste ano se o Executivo e o Legislativo parasse de “jogar pedra um no outro”