Os auxiliares do presidente Jair Bolsonaro relataram que ele estaria irritado com a demora da equipe econômica em oferecer soluções para as promessas feitas. Segundo informações da colunista Carla Araújo, do Uol, o presidente espera mais agilidade da equipe de Paulo Guedes.
De acordo com as informações levantadas, há rumores nos Palácio do Planalto sobre uma baixa na equipe econômica e o secretário especial da Fazenda, Waldery Rodrigues, pode deixar o cargo.
Em setembro do ano passado já havia rumores da saída do aliado de Paulo Guedes. Na ocasião, o secretário anunciou propostas que resultariam em restrições em benefícios sociais. Por isso, Bolsonaro apresentou descontentamento, segundo informado pela colunista.
O motivo atual para a possível baixa de Waldery Rodrigues seria por conta da demora da equipe de Guedes em oferecer propostas para as promessas realizadas por Bolsonaro. Entre os problemas, está a intenção de zerar o imposto federal sobre o diesel e a conta sobre o valor do auxílio emergencial.
Além do Waldery, o secretário de Orçamento Federal, George Soares, estaria cotado para deixar o cargo, segundo informações de Carla Araújo. O secretário tem demonstrado resistência em possíveis mudanças que possam causar manobras fiscais.
Por fim, o nome de André Brandão, presidente do Banco do Brasil, também pode estar na lista. O presidente teria mostrado desconforto por conta do anúncio feito de reformulação no banco.
Na última sexta-feira (19), Bolsonaro anunciou a indicação de um novo presidente para a Petrobras. O general Joaquim Silva e Luna substituiria Roberto Castello Branco. Tanto Brandão quanto Castello Branco foram escolhidos por Guedes para auxiliar no governo.
Bolsonaro elogia publicamente Guedes
Apesar do clima tenso, nesta terça-feira (23), Bolsonaro realizou elogios ao Ministro da Economia, Paulo Guedes. Em uma solenidade no Palácio do Planalto, o presidente afirmou que o ministro foi um dos nomes mais importantes nas lutas do governo, em meio às dificuldades enfrentadas pela pandemia de covid-19.
Além disso, o presidente alegou que não quer conflitos com a Petrobras, apesar a indicação de mudança na presidência. No entanto, ele ressalta que a estatal tenha transparência e previsibilidade.