Após o anúncio do presidente Jair Bolsonaro, de indicar um novo presidente para a Petrobras, o mercado financeiro reagiu negativamente. Nesta segunda-feira (22), a bolsa de valores brasileira fechou em queda. O Ibovespa teve recuo de 4,87%, aos 112.667 pontos.
A queda nos papéis da Petrobras impactaram no resultado apresentado da B3. As ações ordinárias da estatal apresentaram baixa de 19,96%.
Já as ações preferenciais tiveram recuo de 21,15%. Pela Bolsa de Nova York, as ADRs da petroleira tiveram recuo de 20,25%.
Além do resultado negativo da Petrobras, outras estatais apresentaram queda. Os papéis do Banco do Brasil tiveram recuo de 11,06% e os da Eletrobrás caíram 0,69%.
Bolsa de valores segue em queda desde a semana passada
Diante das incertezas sobre a Petrobras, a bolsa de valores já apresentava resultados negativos na semana passada. Na sexta-feira (19), o Ibovespa fechou com um recuo de 0,64%, aos 118.420 pontos. No acúmulo semanal, o índice teve queda de 0,84%.
Na Bolsa de nova York, os ADRs da Petrobras fecharam o after market com baixa de 9,55%. Mesmo antes do anúncio feito por Bolsonaro, a estatal já registrava queda.
As declarações do presidente do Brasil na quinta-feira (18), sobre o desejo de realizar mudanças na Petrobras, já causavam impressão negativa entre os investidores. Como resultado, as ações da Petrobras apresentaram recuo de quase 8%.
Bolsonaro anuncia a indicação de novo presidente para a Petrobras
Na última sexta-feira (19), Jair Bolsonaro anunciou a indicação do general Joaquim Silva e Luna para a presidência da Petrobras. O general, que é o atual diretor-geral da usina Itaipu Binacional, ocuparia o lugar de Roberto Castello Branco.
Para a que a mudança seja efetivada, há a necessidade de aprovação do Conselho de Administração da Petrobras. A reunião está prevista par acontecer nesta terça-feira (23).
Recentemente, Bolsonaro tem demonstrado insatisfação com o reajuste no preço dos combustíveis. Na sexta, o presidente do Brasil afirmou que não realizaria intervenção na política de preços da estatal.
No entanto, ele alegou que o cálculo do valor dos combustíveis não pode se manter em segredo. Mesmo que ocorra mudança nos preços, Bolsonaro afirma que deve ocorrer com previsibilidade.