Dez das maiores favelas brasileiras lançarão o “Banco do G10”, com o intuito de ofertar empréstimo a empreendedor da área. Com o banco será possível facilitar o acesso ao microcrédito, além disso, irá disponibilizar aos residentes um cartão de débito.
O Banco do G10 foi elaborado pelos líderes comunitários, com o objetivo de ajudar os empreendedores e moradores das dez maiores favelas do Brasil.
A iniciativa tenta amenizar os impactos gerados pela pandemia nas regiões que já sofrem com o desemprego.
O programa tem previsão para começar a funcionar no final deste mês, podendo disponibilizar a linha de crédito aos empreendedores e cartão de débito aos moradores da região.
A iniciativa é composta por duas favelas do Rio de Janeiro, duas de São Paulo e uma em Minas Gerais, Pernambuco, Maranhão, Brasília, Pará, Amazonas e Espírito Santo.
Esse grupo forma o G10 das Favelas e uniu forças para o desenvolvimento econômico e protagonismo das Comunidades, visando o desenvolvimento socioeconômico dessas áreas urbanas. Diante disso, tem projetos de distribuição de cestas básicas, prestação de assistência médica e jurídica.
Agora o G10 das Favelas irá atuar na área financeira, com o Banco do G10. Segundo uma pesquisa realizada pela consultoria Locomotiva, 45 milhões de brasileiros não possuem conta em banco em 2019.
O motivo para esse quantitativo é a desconfiança dos bancos nas pessoas de baixa renda ou desempregadas. Além disso, as famílias ou pequenos empresários que moram nas favelas também sofrerem com o preconceito.
Com a pandemia de Covid-19 e os impactos econômicos, muitos pequenos e microempreendedores necessitaram de crédito para não fecharem as portas, porém, nada foi feito pelo Governo Federal.
Pensando nisso, o G10 das Favelas criou um programa específico para essas comunidades, já que esse grupo possui uma visão da realidade das regiões e conseguem entender, exatamente, o que cada empreendedor necessita.
O Banco do G10 irá disponibilizar empréstimos a juros baixos aos empreendedores das favelas e dispor de cartão para compra de produtos essenciais nas lojas da região no valor equivalente a uma cesta básica para os moradores das comunidades. Esse banco terá um capital inicial de R$ 1,8 milhão.