Brasileiros sofrem aumento no valor de suas contribuições previdenciárias. Com a chegada de um novo ano, o governo federal corrigiu o valor do salário mínimo. Mais do que aumentar o salário da população, isso significa também que as taxas cobradas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) devem ser modificadas.
O novo salário mínimo de R$ 1.100 altera uma série de questões econômicas no país. Além de reajustar a faixa de renda dos trabalhadores em regime CLT, implica dizer também que as contribuições do INSS são modificadas.
A partir de agora, o teto do órgão deixa de ser de R$ 6.101,06 e vai para R$ 6.433,57, o que resulta em taxações mais caras.
Novas contribuições pelo INSS
O cálculo para definir as contribuições previdenciárias é simples. Quanto menor o valor recebido pelo trabalhador em seu salário, sendo a quantia mínima de R$ 1.100, mais reduzidos serão os descontos para o INSS.
Já aqueles com salários com base no teto do órgão, significa que precisará contribuir com quantias ainda mais altas. No entanto, é válido ressaltar que contribuir menos não significa uma boa notícia, tendo em vista que o valor da aposentadoria será menor e mais atrasado.
Com a reforma da previdência aprovada em novembro de 2019, o novo sistema de contribuição passou a ser progressivo, ou seja, tem uma durabilidade maior mediante as faixas salariais. Confira alguns exemplos do cálculo:
Uma trabalhadora com o salário de R$ 2 mil pagará 7,5% sobre R$ 1.100 – R$ 82,50 –, mais 9% sobre os R$ 900 que excedem esse valor – R$ 81 –, totalizando R$ 163,50 de contribuição.
Já no caso de uma outra brasileira com o salário acima de R$ 4.5 mil, sua contribuição deverá ser determinada da seguinte maneira:
- Desconto de 7,5% sobre R$ 1.100: R$ 82,50 de contribuição
- Mais 9% sobre R$ 1.103,48, que é a diferença de R$ 2.203,48 de R$ 1.100: R$ 99,31
- Mais 12% sobre R$ 1.101,74, que é a diferença de R$ 3.305,22 de R$ 2.203,48: R$ 132,21
- Mais 14% sobre R$ 1.194,78, que é a diferença de R$ 4.500 de R$ 3.305,22: R$ 167,27
- Total: R$ 481,29