Aposentadoria do INSS sofre reajuste de 5,45% em 2021; veja quanto vai receber

Pontos-chave
  • A aposentadoria do INSS para os beneficiários que recebem mais de um salário mínimo será de 5,45%;
  • O teto pago pelo Instituto Nacional do Seguro Social também sobe de R$ 6.101,06 para R$ 6.433,57;
  • O Ministério da Economia publicou, no Diário Oficial da União, a Tabela de contribuição e de pagamentos do INSS para 2021.

A aposentadoria do INSS para os beneficiários que recebem mais de um salário mínimo será de 5,45%. Com isso, o teto pago pelo Instituto Nacional do Seguro Social também sobe de R$ 6.101,06 para R$ 6.433,57.

Aposentadoria do INSS sofre reajuste de 5,45% em 2021; veja quanto vai receber
Aposentadoria do INSS sofre reajuste de 5,45% em 2021; veja quanto vai receber (Imagem: Reprodução/Google)

Na última quarta-feira (13), o Ministério da Economia publicou, no Diário Oficial da União, a Tabela de contribuição e de pagamentos do INSS para 2021. Esses reajustes são para os beneficiários que recebem mais de um salário mínimo.

O reajuste de 5,45% é com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2020 divulgado na última terça-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse índice mede a inflação para famílias com renda entre um e cinco salários mínimos.

Com o anúncio do Ministério da Economia quem recebe, por exemplo, R$ 1.200 passará a receber R$ 1.265. Já quem recebe, atualmente, R$ 2.400 terá o valor reajustado para R$ 2.530,80.

O aumento é ainda maior para quem recebe mais, como quem tinha um benefício de R$ 6.000 passará a receber R$ 6.327.

O INPC também muda o teto pago pelo INSS, passando agora a ser R$ 6.433,57. Segundo a previdência 11,7 milhões de aposentados e pensionistas serão afetados, já que recebem mais de um salário mínimo.

Segundo o Instituto Nacional do Seguro Social, os pagamentos com o novo valor acontecerão nos primeiros cinco dias úteis de fevereiro, assim como é de costume, com retroativo aos pagamentos efetuados no mês de janeiro.

Reajuste de aposentadoria do INSS concedida em 2020

Quem teve o seu benefício concedido no ano passado terá o valor reajustado de forma proporcional.

Dessa maneira, o reajuste será com base ao acumulado da inflação durante os meses em que recebeu o pagamento. Veja abaixo como fica o reajuste em cada mês:

  • Janeiro: 5,45%;
  • Fevereiro: 5,25%;
  • Março: 5,07%;
  • Abril: 4,88%;
  • Maio: 5,12%;
  • Junho: 5,39%;
  • Julho: 5,07%;
  • Agosto: 4,61%;
  • Setembro: 4,23%;
  • Outubro: 3,34%;
  • Novembro: 2,42%;
  • Dezembro: 1,46%.

Reajuste da aposentadoria do INSS para quem recebe um salário mínimo

Esse grupo tem o reajuste com base no piso nacional definido pelo governo, também com base no INPC. Porém, o presidente da república, Jair Bolsonaro (sem partido), anunciou, no dia 30 de dezembro de 2020, que o valor salário mínimo de 2021 seria de R$ 1.100.

Aposentadoria do INSS sofre reajuste de 5,45% em 2021; veja quanto vai receber
Aposentadoria do INSS sofre reajuste de 5,45% em 2021; veja quanto vai receber (Imagem: Reprodução/Google)

No período, o valor era quase 1% acima da expectativa do INPC, porém, após a divulgação do IBGE no dia 12, o salário ficou abaixo da inflação. Com isso, a expectativa é que o governo se posicione e atualize o valor para R$ 1.102.

Com isso, os benefícios do Instituto, como auxílio doença, BPC, pensão por morte e aposentadorias que recebem um salário mínimo terão o valor reajustado com base no novo valor do piso nacional que deve ser anunciado nos próximos dias pelo presidente.

Segundo o INSS, 23.332.503 segurados ganham apenas um salário mínimo e, por enquanto, terão um reajuste de apenas 5,26%, ficando abaixo da correção da inflação.

É importante lembrar que o pagamento desse grupo ocorre entre os cinco últimos dias úteis de janeiro e os primeiros cinco de fevereiro, sendo um grupo por vez. Sendo assim, já terão o pagamento com o valor atualizado.

Calendário de pagamento do INSS para quem recebe até um salário

Final Quem recebe até 1 salário mínimo
1 25/1 22/2 25/3 26/4 25/5 24/6 26/7 25/8 24/9 25/10 24/11 23/12
2 26/1 23/2 26/3 27/4 26/5 25/6 27/7 26/8 27/9 26/10 25/11 27/12
3 27/1 24/2 29/3 28/4 27/5 28/6 28/7 27/8 28/9 27/10 26/11 28/12
4 28/1 25/2 30/3 29/4 28/5 29/6 29/7 30/8 27/9 28/10 29/11 29/12
5 29/1 26/2 31/3 30/4 31/5 30/6 30/7 31/8 30/9 29/10 30/11 30/12
6 1/2 1/3 1/4 3/5 1/6 1/7 2/8 1/9 1/10 1/11 1/12 3/1/22
7 1/2 1/3 1/4 3/5 1/6 1/7 2/8 1/9 1/10 1/11 1/12 3/1/22
8 3/2 3/3 6/4 5/5 4/6 5/7 4/8 3/9 5/10 4/11 3/12 5/1/22
9 4/2 4/3 7/4 6/5 7/6 6/7 5/8 6/9 6/10 5/11 6/12 6/1/22
0 5/2 5/3 8/4 7/5 8/6 7/7 6/8 8/9 7/10 8/11 7/12 7/1/22

Calendário de pagamento do INSS para quem recebe mais de um salário

Final Quem recebe mais de 1 salário mínimo
1 e 6 1/2 1/3 1/4 3/5 1/6 1/7 2/8 1/9 1/10 1/11 1/12 3/1/22
2 e 7 1/2 1/3 1/4 3/5 1/6 1/7 2/8 1/9 1/10 1/11 1/12 3/1/22
3 e 8 3/2 3/3 6/4 5/5 4/6 5/7 4/8 3/9 5/10 4/11 3/12 5/1/22
4 e 9 4/2 4/3 7/4 6/5 7/6 6/7 5/8 6/9 6/10 5/11 6/12 6/1/22
5 e 0 5/2 5/3 8/4 7/5 8/6 7/7 6/8 8/9 7/10 8/11 7/12 7/1/22

Alíquotas do INSS

Além do reajuste no valor pago, o INPC também altera as contribuições que os trabalhadores com carteira assinada, domésticos e trabalhadores avulsos fazem para o Instituto. Veja abaixo como fica a tabela das alíquotas:

  • Quem recebe até um salário mínimo, ou seja, R$ 1.100 terá um desconto de 7,5%;
  • Quem ganha entre R$ 1.100,01 e 2.203,48 a contribuição será de 9%;
  • Quem recebe entre R$ 2.203,49 e R$ 3.305,22 o desconto é de 12%;
  • Quem ganha entre R$ 3.305,23 e R$ 6.433,57 repassará ao INSS 14%.

Com a Reforma da Previdência, essas taxas são cobradas sobre a parcela do salário de cada faixa, fazendo com que o desconto seja inferior.

Por exemplo, quem recebe R$ 2.000 terá que pagar ao INSS 7,5% sobre R$ 1.100, ou seja, R$ 82,50, mais 9% sobre os R$ 900, o que resulta em R$ 81, totalizando R$ 83,50.

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Glaucia Alves
Formada em Letras-Inglês pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atuou na área acadêmica durante 8 anos. Em 2020 começou a trabalhar na equipe do FDR, produzindo conteúdo sobre finanças e carreira, onde já acumula anos de pesquisa e experiência.