O Natal 2020 não foi fácil para ninguém. Segundo a Serasa, o varejo físico na semana natalina teve o pior resultado desde 2003. O motivo principal para a queda nas compras foi, sem dúvidas, a segunda onda da Covid-19 no país.
A Serasa analisou as vendas ocorridas entre os dias 18 a 24 de dezembro que marcam a semana do Natal. Segundo o órgão as vendas tiveram uma queda de 10,3% em comparação com o mesmo período de 2019.
Durante o fim de semana, entre 18 e 20 de dezembro, a queda nas compras foi de 5,6 em comparação aos dias 20 a 22 do mesmo mês de 2019. O estado de São Paulo ficou abaixo da média e teve um recuo de 1% durante o fim de semana e 7,8% durante a semana natalina.
A pesquisa analisa as vendas físicas, ou seja, aquelas realizadas dentro de lojas físicas. Dessa maneira, as vendas que aconteceram no mesmo período em lojas online não entram nos dados, segundo a Serasa.
Esse resultado mostrou que em 2020 foi o pior ano desde quando o órgão começou a registrar os dados na Serasa Experian em 2003. Entre os motivos que levaram a queda pode-se citar: pandemia, crise econômica e a redução do auxílio emergencial.
Especialistas da Serasa Experian afirmaram em nota que essa queda foi por causa da segunda onda de Covid-19 que afugentou os consumidores das lojas físicas, por medo de contaminação e aglomeração nas datas próxima da comemoração.
Em nota, a Serasa afirmou que muitos consumidores brasileiros aproveitaram a Black Friday que aconteceu em novembro para antecipar os presentes de Natal e conseguir descontos e cashback nas lojas virtuais.
Segundo os dados apresentados, a Black Friday do ano passado teve uma alta de 6,1%. Esse crescimento é reflexo da pandemia, da ação de consumidores mais responsáveis e do uso mais consciente do dinheiro, já que este foi mais reduzido que o ano anterior.
Além disso, é importante destacar que os brasileiros economizaram mais no ano passado devido ao cenário em que o país está passando. Até mesmo a Ceia de Natal foi mais econômica e com produtos mais simples.
O brasileiro teve que em 2020 fazer substituições no cardápio e teve que comprar presentes mais baratos ou, até mesmo, produzir o presente de Natal, tudo para não deixar a data passar em branco.