Com possibilidade de extensão da pandemia, governo avalia a possibilidade de autorizar novos saques pelo FGTS. Vivenciando o novo coronavírus há cerca de 10 meses, a economia brasileira vem sendo fortemente afetada. Mesmo sob as negações do presidente Jair Bolsonaro, sua equipe está trabalhando na estruturação de novas ações emergenciais.
O covid-19 parece estar longe de ir embora do Brasil. Nas últimas semanas, países como o Reino Unido deram início a campanha de vacinação, mas em solo nacional a situação permanece instável. Prevendo o desdobramento da crise economia, o governo avaliar permitir novos saques no FGTS.
FGTS extra
Tendo em vista que não há mais verba publica para custear ações de contenção do covid-19 no setor econômico, o ministro Paulo Guedes e sua equipe começam a cogitar a possibilidade de novos saques pelo fundo de garantia.
A iniciativa visa realizar uma nova injeção financeira em todo o país, sem gerar custos para a administração pública. Apesar de parecer positiva, analistas fazem alerta afirmando que o governo vem passando sua responsabilidade para o bolso dos brasileiros.
Sendo o FGTS cada vez mais retirado pela população nesse momento de crise, será criado um déficit quanto a renda reservada por meio da jornada de trabalho. A longo prazo, teme-se que a população fique descoberta já que não há uma previsão de restituição desses valores.
A expectativa é que os pagamentos ocorram nos mesmos moldes do atual saque emergencial, podendo a população fazer retiradas com base no salário mínimo a partir de um cronograma estabelecido pela caixa.
Bolsonaro nega a pandemia
Contrapartida, enquanto a equipe econômica elabora estratégias para evitar prejuízos ainda maiores para o PIB nacional, o presidente Jair Bolsonaro segue negando fortemente os efeitos da pandemia.
Recentemente, questionado sobre a vacina, afirmou que não iria injetar o medicamento. Já em outros pronunciamentos o gestor alegou que não há nada grave a temer, que morrer faz parte do plano de vida e que o covid-19 nada mais é do que uma gripezinha.
No entanto, não se pode descartar os efeitos sanitários e econômicos do atual cenário. Os números de desemprego seguem aumentando. O sistema de saúde público cada vez mais superlotado e a população de modo geral temendo a contaminação pelo vírus.
Para 2021 as projeções permanecem negativas, principalmente diante do fim do pagamento do auxílio emergencial.