Cenário econômico em 2021 é de incertezas. Prestes a encerrar o pagamento do auxílio emergencial, o governo federal começa a analisar a possibilidade de conceder uma linha de microcrédito para substituir o programa. No entanto, especialistas afirmam que a medida não será necessária e ainda deixará milhares de brasileiros ainda mais descobertos.
Um dos principais efeitos do covid-19, além da morte de milhares de pessoas, tem sido o crescimento significativo da fome e da miséria em todo o país.
Para amenizar o caso, o governo federal passou a conceder o auxílio emergencial, porém com seu encerramento novas estratégias precisarão ser avaliadas.
Empréstimo é uma opção
Nas últimas semanas, representantes da equipe econômica informou que o governo vem avaliando a possibilidade de conceder uma linha de crédito para a população.
O seu valor deveria ser similar ao atual concedido pelo auxílio emergencial, podendo chegar até a R$ 1 mil a depender da realidade do segurado.
A ideia surgiu, segundo tais fontes administrativas, diante do aumento das solicitações de crédito.
No Norte e no Nordeste foram identificados os maiores números de pedido, tendo em vista que a renda média da população é mais vulnerável.
Ainda nas mesmas regiões, microempreendedores individuais também tiveram um crescimento no registro pelo MEI, reforçando a ideia da gestão federal de aprovar a proposta.
Ao todo, o país conta com cerca de 5 milhões de MEI’s que foram contemplados pelo auxílio emergencial. Entre os meses de fevereiro e dezembro 2 milhões de novos inscritos foram aceitos, sendo que 1,5 milhões tiveram o pedido de formalização iniciado durante a pandemia.
Tais números justificam o aumento dos empréstimos em quase 38%. Porém, não significa que a solução seja eficaz para esta categoria.
Analistas afirmam que microcrédito é insuficiente
Diante das propostas, especialistas econômicos e sociais fazem um alerta quando as ações para a população de baixa renda. Teme-se que com a aprovação dos empréstimos seja criado um alto índice de endividamento entre os mais pobres.
Mesmo com o atual número de inadimplência em baixa, a se considerar as projeções negativas de 2021 é de se esperar que a população não tenha recursos para pagar as parcelas dos empréstimos.
Dessa forma, passarão a ter dividas com os bancos e poderão perder bens como terrenos ou automóveis, para aqueles que tiverem tais aquisições.