Conta de luz deve DIMINUIR após início das chuvas; entenda o motivo

As hidrelétricas dependem do nível das águas nos reservatórios, e o valor da conta depende da bandeira tarifária atual. O problema é que os reservatórios estão com o nível baixo fazendo com que a bandeira vermelha fosse ativada. Porém, a volta das chuvas deve fazer com que a conta de luz diminuía.

Conta de luz deve DIMINUIR após início das chuvas; entenda o motivo
Conta de luz deve DIMINUIR após início das chuvas; entenda o motivo (Imagem: Reprodução/Google)

Devido à pandemia a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) desativou as bandeiras até 31 de dezembro. Porém, por causa do longo período de estiagem a empresa voltou a cobrar a bandeira mais cara este mês. Além disso, houve também o aumento do consumo de energia.

As bandeiras são cobradas, de acordo com a situação de geração de energia. Sendo assim:

  • Bandeira verde: essa bandeira indica que não houve problemas para a geração de energia, portanto, a conta não sofre nenhum acréscimo;
  • Bandeira amarela: as condições de geração de energia são menos favoráveis e, portanto, a tarifa sofre um acréscimo de R$ 0,01343 para quilowatt-hora (kWh) consumido;
  • Bandeira vermelha – Patamar 1: condições mais caras para gerar energia gerando um acréscimo a tarifa de R$ 0,04169 para cada quilowatt-hora kWh consumido;
  • Bandeira vermelha – Patamar 2: condições ainda mais custosas de geração gerando uma tarifa com acréscimo de R$ 0,06243 para cada quilowatt-hora kWh consumido.

Com a longa estiagem, a Bandeira vermelhar – Patamar 2 foi acionada em dezembro. Sendo assim, a cada 100 kWh será cobrado um acréscimo de R$ 6,24 na conta. Mesmo assim, sem as chuvas o país corre o risco de passar por apagões.

Segundo os últimos dados apresentados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), essas preocupações podem ficar para trás. A previsão para dezembro é que as vazões atinjam 60% no Sudeste e 143% no Sul.

“É necessário muito cuidado nas análises para o suprimento da energia no ano que vem. Estamos na transição para o período úmido e, como o setor sempre faz, é necessário monitorar a situação de perto.”, diz Luiz Barroso, diretor-presidente da PSR, uma das maiores consultorias de energia do país.

Com isso, deve ocorrer diminuição no preço da conta de energia. Segundo Barroso, em 2021 deve entrar no sistema 5.000 MW (megawatts) de energia, dos quais 1.200 MW de térmicas a gás e o restante em energia renovável (eólica e solar).

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Glaucia Alves
Formada em Letras-Inglês pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atuou na área acadêmica durante 8 anos. Em 2020 começou a trabalhar na equipe do FDR, produzindo conteúdo sobre finanças e carreira, onde já acumula anos de pesquisa e experiência.