- Segurados do FGTS podem perder o acesso ao saque emergencial;
- Prazo máximo de retirada será vencido ao longo dos próximos dias;
- Possibilidade de rendimento é avaliada por analistas.
Trabalhadores contemplados com o saque emergencial do FGTS podem ter seus benefícios cancelados. Nessa semana, a Caixa Econômica Federal informou que está cada vez mais próxima de encerrar o cronograma de pagamento pelo fundo de garantia. A instituição reforçou que com todos os depósitos já feitos para o Caixa Tem, os segurados devem ficar atentos aos limites de saque para não ter o valor travado novamente.
O pagamento do saque emergencial pelo FGTS começou a ser feito desde o mês de julho. O benefício foi aprovado pelo governo Bolsonaro com a finalidade de reduzir os impactos econômicos do covid-19.
No entanto, há chances do cidadão mesmo com o depósito em seu Caixa Tem ficar sem acesso ao benefício.
Motivos para suspensão do pagamento
Terá o saque emergencial cancelado todos aqueles que até o dia 30 deste mês não efetuarem seus saques. Isso ocorre porque o prazo foi determinado pela Caixa como o limite para fazer a retirada financeira.
No entanto, para os trabalhadores que não moveram a quantia no Caixa Tem e também não forem sacar, o governo subentenderá que não há o interesse de utiliza-la e assim o benefício será retido e devolvido ao FGTS do cidadão.
Notificação de falta de interesse
Para quem desde o lançamento do benefício optou por não o receber, a Caixa deu um prazo de informe. Nesse caso, os trabalhadores deveriam acessar o aplicativo do FGTS e informar que não queriam ter os R$ 1.045 de seus fundos transferidos para o Caixa Tem.
Para poder repassar ao banco a decisão, era necessário que o procedimento fosse feito até 10 dias antes da data de depósito prevista para o trabalhador (calendário exibido abaixo).
Ultrapassando esse prazo o valor seria enviado e para ser devolvido é necessário não o movimentar na plataforma digital.
É válido ressaltar ainda que, só pode ter o saque emergencial de volta no FGTS aqueles que não utilizaram nem um centavo do benefício. Qualquer indício de transação financeira impede que a Caixa faça a restituição para os fundos de garantia até o fim de novembro.
Calendário de pagamento do saque emergencial via FGTS
Nascidos em | Crédito na conta poupança social digital | Disponível para Saque em espécie ou transferência para outras contas |
Janeiro | 29/06/2020 | 25/07/2020 |
Fevereiro | 06/07/2020 | 08/08/2020 |
Março | 13/07/2020 | 22/08/2020 |
Abril | 20/07/2020 | 05/09/2020 |
Maio | 27/07/2020 | 19/09/2020 |
Junho | 03/08/2020 | 03/10/2020 |
Julho | 10/08/2020 | 17/10/2020 |
Agosto | 24/08/2020 | 17/10/2020 |
Setembro | 31/08/2020 | 31/10/2020 |
Outubro | 08/09/2020 | 31/10/2020 |
Novembro | 14/09/2020 | 14/11/2020 |
Dezembro | 21/09/2020 | 14/11/2020 |
Indicadores de rendimento
Grande maioria dos brasileiros que não quiseram acessar os valores do FGTS estavam focados nas possibilidades de rendimento.
Isso porque, de acordo com as atuais estatísticas financeiras, o Caixa Tem rende o mesmo que a caderneta de poupança, o que significa 0,70% pela taxa de Selic que atualmente é de 2% mais a Taxa Referencial (TR), hoje em 0%.
Dessa forma, uma vez em que o rendimento é menor que a inflação do ano, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve uma alta de 2,22%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Contrapartida o FGTS passou a render 3% a mais que a taxa referencial, sendo considerado um dos investimentos conservadores mais rentáveis do momento.
Vantagens e desvantagens do saque emergencial
Para quem está com recurso sobrando em Caixa, manter os valores do FGTS pode ser uma opção viável. No entanto é válido ressaltar que mesmo com sua rentabilidade estável, é importante frisar que não há lucros reais no benefício.
Dessa forma, para quem está em dívida ou passando por um momento de aperto financeiro, a recomendação mais segura é de fazer o saque. Isso evitará com que taxas de juros sejam aplicadas nos atrasos dos carnês e também poderá facilitar em um novo período de organização financeira.
Não se recomenda, no entanto, que o benefício seja utilizado para compras supérfluas ou demais gastos não considerados relevantes. Tendo em vista a crise econômica que afeta todo o país, manter um valor em conta é algo necessário para possíveis cenários de défice financeiro.