Os aposentados e pensionistas estão tendo o recebimento de empréstimo consignado sem autorização ou solicitação. Com isso, o Procon está recebendo muitas queixas e reclamações nas redes sociais referentes à empréstimos consignados não contratados pelos consumidores.
O Procon do estado de São Paulo tem recebido muitas reclamações de concessões de empréstimo consignado sem a contratação do servido.
Há poucos dias o órgão notificou o C6 bank, após o recebimento de 149 reclamações referentes a esse problema.
Um aposentado, que não quis se identificar, relatou ao portal UOL que recebeu um empréstimo consignado de R$ 3.438,51 do banco Ficsa (controlado pelo C6 Bank) sem solicitar o serviço. Ele informou que procurou o banco para realizar o cancelamento, mas não conseguiu.
O mesmo afirma que recebeu uma ligação do banco oferecendo o serviço, mas que recusou. Mesmo assim, sem nenhum contrato assinado, se deparou com o dinheiro em conta e a cobrança de 84 parcelas de R$ 85.
Há várias reclamações nas redes sociais referentes a empréstimos sem a solicitação que foi realizada pelo banco Ficsa.
Segundo o diretor-executivo do Procon-SP, Fernando Capez, o que o banco está fazendo é ilegal, pois os créditos consignados só podem ser concedidos após a assinatura de um contrato que contenha todas as cláusulas claras e ostensivas.
“Está tudo errado o que está acontecendo. Sem dúvida alguma a infração é gravíssima e não ficara só no âmbito do Procon a tomada da providência”, afirmou Capez.
O diretor-executivo do Procon informou que a instituição financeira já foi notificada e respondeu aos questionamentos, sendo que a situação será avaliada ainda este mês.
Em defesa, o C6 Bank informou que “de maio de 2020, até 21/10/2020, foram realizadas 156.493 operações de crédito consignado no Estado de São Paulo e que nesse mesmo período, o número de reclamações registradas junto ao Procon-SP referentes a contratos contestados no mesmo Estado, limitava-se a 252, o que representa 0,16% do número total de operações realizadas”.
O C6 Bank afirmou que não realiza a venda direta de consignado. “Ressaltamos que todos os casos são resolvidos sempre sem prejuízo ao consumidor. Adotamos as melhores práticas do mercado nos contratos. Além disso, estamos dando um passo a mais e validando os contratos por meio de reconhecimento facial, para garantir que realmente foi o cliente que fez a contratação”, afirmou, em nota.