FMI garante que crise não irá acabar em pouco tempo mesmo com previsão de queda menor no PIB

Embora o Fundo Monetário Internacional (FMI) tenha reduzido as previsões de queda do Produto Interno Bruto (PIB) global em 2020 nesta terça-feira (13), o mesmo aponta que a crise em decorrência da Covid-19 não está no fim.

FMI garante que crise não irá acabar em pouco tempo mesmo com previsão de queda menor no PIB
FMI garante que crise não irá acabar em pouco tempo mesmo com previsão de queda menor no PIB (Imagem/Reprodução Google)

Segundo a economista-chefe do FMI, Gita Gopinath, a crise atual só terminará quando a pandemia do novo coronavírus for, de fato, controlada. Até lá, muitas questões são incertas. Cenário esse que oferece riscos para a economia e o mercado financeiro.

“A ascensão após essa calamidade provavelmente será longa, desigual e altamente incerta. É essencial que o apoio às políticas fiscal e monetária não seja retirado prematuramente”, afirmou a economista.

Para ela, os países precisam se empenhar ainda mais no desenvolvimento, produção e distribuição igualitária de uma solução médica para combater a covid-19. Assim acontecendo, estima-se que pode haver um aumento cumulativo de US$ 9 trilhões no PIB global até o ano de 2025.

Gopinath também apoia a ideia de que os países devem continuar promovendo medidas para conter os efeitos econômicos da crise, como as estratégias para apoiar a renda das pessoas mais afetadas pela crise. 

“Os países emergentes e de baixa renda precisarão de apoio contínuo na forma de doações internacionais, financiamento e alívio da dívida em alguns casos. Onde a dívida é insustentável, ela deve ser reestruturada mais cedo ou mais tarde”, enfatizou.

Os gastos fiscais e o colapso das economias elevaram os níveis das dívidas soberanas globais para um recorde equivalente a 100% do PIB mundial. Por isso, ela aponta para os países emergentes e de baixa renda. Eles terão de receber apoio para garantir que a recuperação não seja afetada por limitações financeiras.