Coronavírus: especialistas preveem 500 mil de pessoas vivendo na pobreza

A crise econômica que foi provocada pela pandemia de coronavírus pode levar mais de 500 milhões de pessoas para a situação de pobreza, a menos que as ações urgentes sejam tomadas para ajudar países em desenvolvimento. 

Coronavírus: especialistas preveem 500 mi de pessoas vivendo na pobreza
Coronavírus: especialistas preveem 500 mi de pessoas vivendo na pobreza (Imagem: Montagem/FDR)

Essa alerta é da Oxfam, uma entidade da sociedade civil que atua em cerca de 90 países com campanhas, programas e até ajuda humanitária.

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A organização solicita que os líderes mundiais aprovem um plano emergencial de resgate econômico para impedir que os países e comunidades pobres fiquem ainda mais pobres. 

Para a Oxfam, isso pode acontecer na próxima semana, na qual está prevista a reunião entre ministros de Economia dos países do G20 (o grupo dos 20 países mais desenvolvidos), o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Segundo a entidade, os US$2,5 trilhões que as Nações Unidas estimam serem necessários para apoiar os países em desenvolvimento durante a crise do coronavírus vão solicitar um adicional de US$500 bilhões em ajuda externa.

Isso inclui o financiamento dos sistemas públicos de saúde dos países mais pobres.“Impostos emergenciais de solidariedade, como taxas sobre lucros excessivos e pessoas muito ricas, poderiam mobilizar recursos adicionais”, avalia a Oxfam, em nota.

Para a entidades, mesmo sendo urgentes e necessárias, as medidas de distanciamento social e de restrição do funcionamento nas cidades fizeram piorar a situação dos trabalhadores, com demissões, suspensão de pagamento de salários ou inviabilidade do trabalho informal.

No Brasil, a Oxfam acredita que a situação é ainda mais preocupante principalmente por conta das moradias precárias, a falta de saneamento básico e de água, e aos desafios no acesso a serviços essenciais para os mais pobres. 

No país são cerca de 40 milhões de trabalhadores sem carteira assinada e cerca de 12 milhões de desempregados. 

A estimativa é que a crise econômica provocada pelo coronavírus adicione, ao menos, mais 2 milhões de pessoas entre os desempregados.

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Para a entidade, a medida de auxílio emergencial de R$ 600, por três meses, para os trabalhadores informais não será suficiente para amenizar o impacto, e que devem ser tomadas outras medidas para poder ajudar ainda mais os brasileiros.

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