Real fecha setembro sendo considerada a PIOR moeda do mundo e dólar cresce 2,5%

Após o encerramento do mês de setembro, o dólar registrou alta de 2,46% em relação ao real no fechamento do mês. A cotação para a venda foi de R$ 5,6160 e para a compra foi no valor de R$ 5,6150. Os motivos que facilitaram na desvalorização da moeda brasileira são a pandemia e o risco fiscal.

Real fecha setembro sendo considerada a pior moeda do mundo, após a alta de 2,5% do dólar
Real fecha setembro sendo considerada a pior moeda do mundo, após a alta de 2,5% do dólar (Imagem: Vanderlei Almeida/AFP/AFP)

O projeto do programa Renda Cidadã trouxe insegurança aos investidores. A ideia será de usar precautórios e o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) para financiar.

“O mercado não compra mais esse discurso do Executivo, em que por um lado sempre defende o teto de gastos e a responsabilidade fiscal, mas por outro sempre anuncia planos que vão na contramão”, afirma o trader de renda fixa da MAG Investimentos, Breno Martins, ao Bloomberg.

Resultados

Sendo assim a moeda real registrou o pior desempenho no mundo. O dólar registrou alta de 39,60 em relação à moeda brasileira. Esse valor é muito superior à lira, moeda turca, que ocupa o segundo pior resultado. A moeda da Turquia teve desvalorização de 29,69% em comparação ao dólar.

Além dessas moedas, o rublo da Rússia teve queda de 18,88%, o peso do México diminuiu 11,53%, o peso da Colômbia, caiu 9,50% e o rand da África do sul registrou diminuição de 9,21%.

Na comparação dos últimos 12 meses, o aumento do dólar foi maior em relação à lira, em 34,81%. Logo após, o real brasileiro registrou queda em 34,94% em comparação com a moeda americana. Em terceiro, o peso da Argentina registrou queda de 32,26%.

Dificuldades para moedas de países emergentes

Segundo uma pesquisa do Reuters com estrategistas de câmbio, os próximos três meses serão de dificuldade para os países emergentes. O motivo está na alta de tensão entre a China e os Estados Unidos.

Isso se deve pela ameaça do presidente norte-americano, Donald Trump, sobre a capital chinesa para um possível acréscimo de tarifas. Como resultado, os investidores que consideravam a possibilidade de realizar ações estão mais incertos.

56 estrategistas foram entrevistados na pesquisa, sendo que 22 acreditam que as moedas dos grandes países emergentes podem enfraquecer pelos próximos três meses. Por outro lado, acreditam que as divisas seguras continuarão em alta.

YouTube video player
Silvio SuehiroSilvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.
Sair da versão mobile