Fim do auxílio emergencial reduz renda per capita de 6,6 milhões de famílias para R$12,47

Nesta quarta-feira (23), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados que apontam a importância do auxílio emergencial para que os brasileiros mais pobres sobrevivam. Os resultados mostram uma alta de mais de dois mil por cento na renda destas pessoas durante o pagamento.

Fim do auxílio emergencial reduz renda per capita de 6,6 milhões de famílias para R$12,47
Fim do auxílio emergencial reduz renda per capita de 6,6 milhões de famílias para R$12,47 (Foto: Google)

De acordo com esse levantamento, para cerca de 6,6 milhões de domicílios a média de renda per capita, no mês de agosto, foi cerca de R$12,47.

Porém, com o auxílio, a renda saltou para R$349,48, o que representa um aumento de 2.703%.

Dos 6,6 milhões de domicílios com menores rendimentos no país, quase um milhão não recebeu nenhum auxílio emergencial relacionado à pandemia. Para esses, a renda mensal máxima foi de R$88,03.

Os domicílios que possuem renda média per capita de R$192,27, em agosto com o auxílio o valor subiu R$ 436,27, representando uma alta de cerca de 127%. 

Aqueles com rendimento médio de R$ 342,11, o auxílio aumentou o valor em quase 63%, chegando a R$ 558,90.

Segundo o IBGE, isso evidencia o quanto o benefício é mais relevante para aqueles que são mais pobres. 

Foi levado em consideração os R$600 do auxílio emergencial e também aqueles de complementação do governo pago por meio do programa emergencial de manutenção do emprego e da renda.

Para fazer essa análise, o IBGE dividiu os domicílios do país em dez faixas de rendimento mensal per capita. 

Isso constatou que mais da metade dos domicílios nas primeiras seis faixas de rendimento, ou seja, de menor renda per capita média, contaram com o recurso extra em agosto.

Norte e nordeste 

O Instituto aponta que os estados que ficam nas regiões Norte e Nordeste foram os que mais tiveram proporções de domicílios, onde pelo menos um dos moradores recebeu algum tipo de auxílio no mês de agosto. 

De acordo com os estudos, a região Norte tem três estados que estão entre os cinco primeiros com maior percentual de domicílios recebendo auxílio emergencial: Amapá, Pará e Amazonas.

Já no Nordeste, Alagoas e Maranhão também completam os cinco estados com maior proporção de domicílios beneficiados.

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