PIB: Previsão de queda é atualizada pelo BC atingindo 5% em 2020

O Banco Central (BC) revisa expectativa para cima e prevê queda de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2020, segundo consta no Relatório Trimestal de Inflação divulgado nesta quinta-feira (24). Em junho, a previsão era de queda de 6,4% na atividade econômica.

PIB: Previsão de queda é atualizada pelo BC atingindo 5% em 2020
PIB: Previsão de queda é atualizada pelo BC atingindo 5% em 2020 (Imagem: Reprodução/Google)

Mesmo com a redução de 9,7% do PIB no segundo trimestre, o Banco Central tem perspectivas mais favoráveis para o terceiro semestre, acompanhando os indicadores econômicos mais recentes.

Porém, o BC ainda enxerga incertezas quanto ao ritmo de crescimento. Para eles, a recuperação acontece de forma heterogênea, pois há várias atividades do setor de serviços que ainda não se recuperaram dos estragos causados pelo distanciamento social.

Segundo o relatório, o crescimento das atividades no terceiro trimestre vem sendo impulsionada pelas medidas adotadas pelo governo em combate aos efeitos econômicos da pandemia e o retorno gradual dos consumidores ao mercado.

Apesar da boa perspectiva, o Banco demonstra preocupação com o último trimestre deste ano, devido à diminuição esperada de transferência de recursos extraordinários às famílias.

“A diminuição do auxílio emergencial pode provocar uma desaceleração no consumo das famílias brasileiras e, por isso, coloca uma incerteza na velocidade da retomada econômica no fim do ano”.

Revisão antecipada

A revisão foi antecipada pelo Banco Central no início deste mês, diante da previsão de queda por volta de 5% neste ano, seguido de uma alta de um pouco mais de 4% em 2021. Na previsão feita anteriormente, membros do BC acreditavam que a queda de 6,4% faria parte de um cenário pessimista.

Expectativas igualadas 

A nova previsão acompanha a expectativa do Ministério da Economia, que prevê uma queda de 4,7% na economia em 2020 e, acredita em uma queda de 5,05% no PIB este ano, segundo divulgou o relatório Focus.