Micro empresas: 1 MILHÃO de novos CNPJs são abertos durante a pandemia

PONTOS CHAVES

  • Número de MEI’s são amplificados na pandemia
  • Brasileiros desempregados buscam por programa como forma de sobrevivência
  • Projeto oferta benefícios como isenção de impostos e contribuições do INSS

Empreendedorismo é amplificado nos tempos de pandemia. Com o cenário econômico instável e grande número de demissões, muitos brasileiros optaram por abrir seus próprios negócios para poder manterem suas receitas. De acordo com um levantamento feito pelo governo federal, foram criados novos 1 milhão de CNPJ nos últimos meses como micro empresas. Abaixo, saiba as vantagens de participar do programa MEI.

Micro empresas: 1 MILHÃO de novos CNPJs são abertos durante a pandemia (Imagem: Arquivo EBC)
Micro empresas: 1 MILHÃO de novos CNPJs são abertos durante a pandemia (Imagem: Arquivo EBC)

Para ser um MEI o cidadão precisa atender a uma série de critérios econômicos e trabalhistas impostos pelo governo federal.

O projeto tem como principal finalidade facilitar a aceitação de serviços informais no mercado de trabalho, regularizando os pequenos empreendedores com benefícios como o INSS e redução nos valores tributários.

A aceitação do programa se dá a partir dos seguintes critérios abaixo:

Como se registrar como MEI e quais vantagens?

Para poder participar, o cidadão precisa ter em mãos dados básicos, como o CPF. Além disso, ele não pode estar devendo a Receita Federal e recentemente se livrou da obrigatoriedade do alvará de funcionamento.

Dessa forma, basta acessar o portal do microempreendedor individual, preencher o formulário lá apresentando e aguardar a formalização que é gerada para a microempresa.

Ao ser aceito, o empreendedor poderá contar com uma série de vantagens, como:

Micro empresas: 1 MILHÃO de novos CNPJs são abertos durante a pandemia (Imagem: Arquivo EBC)
Micro empresas: 1 MILHÃO de novos CNPJs são abertos durante a pandemia (Imagem: Arquivo EBC)

O que preciso pagar?

Como mencionado, o MEI não paga os mesmos valores de impostos que os demais empresários. No entanto, para ter acesso aos benefícios previdenciários, por exemplo, ele terá uma série de pequenas taxas que deverão ser quitadas mensalmente ou anualmente. Para 2020, os valores cobrados são:

Balanço de novas micro empresas nos últimos meses

De acordo com dados liberados pelo Portal do Empreendedor, a quantidade de MEI’s entre 12 de setembro e 7 de março foi de cerca de 10,775 milhões.

O balanço pode registrar um acréscimo de aproximadamente 985 mil trabalhadores em aproximadamente 6 meses.

Somente este ano, o país contou com o registro de 1,3 milhões de novos microempreendedores, enquanto em 2019 tinha-se 1,2 milhões no mesmo período. Em comparação, detectou-se um avanço de 14% para essa categoria.

De acordo com os analistas do mercado, uma das principais motivações para esse crescimento dos MEI’s está relacionado com os riscos do desemprego.

Muitos trabalhadores passaram a aderir ao empreendedorismo por uma questão de necessidade, tendo em vista a falta de espaço do mercado de trabalho com a atual crise econômica do Covid.

Dessa forma, serviços como venda de alimentos, produtos para pequenos comércios, entre outros, foram a solução para parte significativa daqueles que tiveram as carteiras de trabalho suspensas.

A decisão de aderir ao MEI garante para estes um respaldo e maior segurança por parte do governo federal e também benefícios como o barateamento dos impostos.

Especialistas acreditam que o movimento de migração dessas classes econômicas tende a ser ainda maior ao longo dos próximos anos, uma vez em que os efeitos sociais e financeiros do covid-19 irão perdurar por ao menos uma década.

Segundo números do ministério da economia, o grupo foi responsável, até o fim de agosto, por 55% do total de 19,289 milhões de empresas ativas no país.

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Eduarda AndradeEduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.
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