Digio e Uber disponibilizarão crédito pessoal de até R$5 mil para motoristas

A Uber que é a principal empresa de transporte urbano e entregas através de plataformas digitais, fechou uma parceria com o Digio, o banco digital que é controlado pelo Bradesco e o Banco do Brasil, para juntos oferecerem uma linha de crédito pessoal para todos os motoristas que estiverem cadastrados na plataforma em todo o Brasil. Saiba mais. 

Digio e Uber disponibilizarão crédito pessoal de até R$5 mil para motoristas
Digio e Uber disponibilizarão crédito pessoal de até R$5 mil para motoristas (Foto: Google)

Será possível contratar empréstimos de R$1 mil a R$5 mil, com taxa de juros de 2,97% ao mês, e com prazo para pagamento de até 12 meses. A plataforma é destinada a mil motoristas e o intuito é que no futuro chegue à base total de motoristas e entregadores do aplicativo no Brasil, o que corresponde em torno de de 1 milhão de pessoas.

Os valores que compõem as parcelas do empréstimo podem ser retidos a cada semana, acompanhando o fluxo de entrada de receita para os motoristas parceiros, com deságio nas prestações pagas de forma adiantada.

Os valores devidos pelos motoristas serão retidos pela Uber, seguindo regras do mercado bancário parecidos com a chamada trava de recebíveis. Porém, a empresa norte-americana não garante os empréstimos e também não receberá parte da receita das operações.

O modelo de crédito pessoal que está sendo oferecido pela Digio poderá chegar a outros programas de intermediação de serviços de profissionais que são autônomos.

O banco que está incluído na parceria libera um crédito que é parecido com o crédito consignado, pois retém saldo que o trabalhador tem a receber, ao invés de no mês, por semana.

Cabe apontar ainda que a taxa é superior à do mercado e também que um trabalhador da iniciativa privada consegue contratar um empréstimo consignado por uma taxa média em torno de 2,12% ao mês. O empréstimo com Saque Imediato do FGTS está em 0,99% na Caixa Econômica Federal, por exemplo.

“Falando do ponto de vista de crédito, seguimos o mesmo formato já conhecido. O banco costuma ter a garantia de recebimento, enquanto o trabalhador informal não tem nem a possibilidade de pegar sua quantia exata, que já precisa contar com esse desconto”, mencionou Fábio Gallo, professor de finanças da FGV, à revista Exame.

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