O governo de São Paulo remarcou para 7 de outubro a data do retorno das aulas presenciais nas escolas públicas e particulares do estado. O anúncio da nova data foi feito pelo governador João Dória (PSDB) na última sexta-feira (7).
As escolas voltam a abrir dois dias antes, ou seja, dia 5, para que seja feito o planejamento da equipe pedagógica e o alinhamento dos protocolos para receber os estudantes.
As escolas vão realizar uma fase prévia com objetivo de reforçar os conteúdos antes desta volta geral de somente 20% dos alunos.
Mesmo não havendo na prática, uma diferença na salas para aulas de reforço e normais, é entendido que desta forma, o retorno será ainda mais gradual, iniciando pelos alunos com maior dificuldade de aprendizado.
A volta às aulas presencias também acontecerá de forma regionalizada, pois para ser liberado o esquema de reforço, o município precisará estar pelo menos em quatro semanas consecutivas na fase amarela.
Somente na capital paulista, existem 550 mil alunos desde o ensino infantil ao terceiro ano do ensino médio matriculados em escolas particulares. Estas escolas que vivem um momento de crise, representam uma pressão enorme para o ensino público.
É entendido também que a volta das escolas particulares impactadas pela crise tem um papel social já que se garante vaga na pública para os que mais necessitam.
Inquérito sorológico nos alunos
O primeiro resultado parcial do inquérito sorológico realizado entre alunos da rede municipal de ensino saiu no último sábado (8). Em cada uma das quatro fases, 6 mil crianças foram testadas. Todos são alunos da rede municipal de ensino de 4 a 14 anos, foram selecionados por sorteio.
A Secretaria de Educação do Estado tem a intenção de incluir os alunos da rede estadual nos testes. O resultado é encarado como ponto decisivo para a volta das aulas na capital, e possivelmente em todo o estado.
A direção de cada unidade escolar tem o poder de escolher se quer ou não voltar com as aulas presenciais neste sistema. Esta medida, ao que tudo indica, vai agradar as escolas particulares, que são as mais atingidas financeiramente pela pandemia do coronavírus.