O Santander anunciou que está ofertando empréstimos para as empresas brasileiras a juros mais baixos, desde que elas cumpram metas ambientais.
O banco Santander entrou em atividade no país no ano de 1982. Hoje é o terceiro maior banco privado do Brasil.
O Santander está em todas as regiões do país, com uma estrutura composta por agências, PABs (Postos de Atendimento Bancário) e máquinas de autoatendimento.
Além de escritórios regionais, centros de tecnologia e unidades culturais. A sede do banco é em São Paulo.
De acordo com o vice-presidente executivo do banco, Mário Opice Leão, o pipeline pode chegar a “bilhões de reais”.
O desconto que ocorre na taxa de juros afeta a rentabilidade do banco, mas permite que estabeleça condições como a de implementação de medidas socioambientais, de acordo com Leão.
Por agora, o banco vai contabilizar esses empréstimo no balanço patrimonial até o prazo de vencimento.
Já no caso da FS Bioenergia, que foi o primeiro cliente de empréstimo verde, o Santander solicitou maior transparência no relatório de sustentabilidade e certificação da Global Reporting Initiative.
Essa seria a condição para oferecer juros mais baixos em um empréstimo de R$ 180 milhões com vencimento em um ano.
Em paralelo, o Santander trabalha também com um pipeline de emissões externas de US$ 2 bilhões em títulos verdes para grandes empresas brasileiras nos próximos meses, conforme informou o vice presidente do banco.
As críticas dos investidores institucionais globais sobre a condução das políticas ambientais, feitas pelo governo brasileiro não conseguiram reprimir a demanda em meio à alta liquidez global.
“Os fundos estão com muito caixa, quer seja para sustentabilidade ou não”, afirmou Leão.
Essa emissão de um título verde ajuda a empresa a acessar diferentes fontes de capital. Os títulos verdes, emitidos recentemente foram no valor de US$ 500 milhões da Rumo, e atraiu demanda de cerca de US$ 4 bilhões.