Na última semana, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, informou que a instituição está avaliando se aceitará a proposta de pagamentos via Whatsapp. De acordo com o gestor, antes de liberar o serviço, será preciso alinhar os critérios de segurança e garantir que não haja competição ou desigualdade entre as demais plataformas financeiras.
A decisão de aprovar ou não os pagamentos via WhatsApp estão sendo debatida desde o último mês, quando a rede de mensagens informou que estaria lançando seu novo serviço no Brasil.
Inicialmente, a proposta foi vista de forma positiva, mas acabou por gerar um desconforto entre as demais plataformas bancárias tendo em vista que escolhia a Cielo como realizadora da operação.
“Nós temos conversado com eles, acertamos aí uma posição de aprovar o mais rápido possível para que eles consigam operar, mas a gente precisa ter certeza que ele é barato, ele é eficiente, ele é aberto, ele é seguro para as pessoas”, disse Campos Neto, em live promovida pelo Itaú BBA.
O gestor pontou ainda que mesmo com o pedido de autorização já feito, o WhatsApp deverá esperar como os demais processos e só poderá liberar as transições mediante a validação do BC.
O presidente deixou claro que o assunto já está em pauta na instituição, mas será analisado “num trilho de aprovação normal, como qualquer outro arranjo e vai ser aprovado como qualquer outro arranjo”.
Sobre a parceria do WhatsApp com a Cielo, Campos Neto explicou que, por mais que não se tenha um acerto de exclusividade, o desenho de funcionamento liberado pelas marcas ainda colocaria em risco o mercado financeiro.
De acordo com ele, trata-se de uma estrutura de custos que levava a desincentivo para mais adquirentes, reforçando a necessidade de revisão do projeto.
Sobre os pagamentos via WhatsApp
A proposta foi divulgada no começo de julho. Intitulada Whatsapp pay, permitirá que os usuários da plataforma de mensagem realizem pagamentos por meio da mesma.
Ao anunciar o novo serviço, a marca informou também que o Brasil seria o primeiro país a testa-lo. Para isso, as transações seriam mediadas por meio da Cielo, empresa responsável por fazer os repasses entre clientes e empreendedores que atuem no mercado digital.