As agências do INSS que estão fechadas desde o início da pandemia do coronavírus, tem previsão de retorno para daqui 20 dias. Porém os peritos médicos do instituto fizeram um pedido ao Ministério da Economia para que a reabertura seja suspensa, alegando que as aglomerações podem vir a acontecer principalmente de pessoas do grupo de risco.
No conteúdo da carta enviada ao Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, a ANMP (Associação Nacional dos Peritos Médicos Federais) é dito que o momento não é favorável para que a abertura siga a previsão do governo que escolheu o dia 13 de julho, por conta do grande número de contágios pelo coronavírus.
A ANMP diz saber que em algum momento, os atendimentos presenciais do INSS terão que voltar a acontecer, mas avalia que atualmente não existem os requisitos mínimos para a retomada. Os peritos alegam que o Brasil é o segundo país no mundo com os maiores índices de coronavírus.
Na carta é citado ainda um estudo da Universidade Federal de São Carlos que estabelece 11 “clusters” de expansão da covid-19, em locais que englobam cerca de 90% das agências do INSS.
Os peritos acreditam que em meio a pandemia que ainda apresenta sinais de crescimento é politicamente precipitado e cientificamente equivocado. Eles alertam o fato do público do atendimento ser principalmente de risco, como idosos, portadores de doenças graves e crônicas, gestantes, entre outros.
“Nas portas e no interior das unidades certamente haverá exposição dos segurados, dos servidores públicos e de seus familiares a um elevado risco sanitário, o que causará enorme impacto negativo à imagem do INSS e desse Ministério”, explicou a ANMP na carta.
Os peritos querem voltar ao trabalho presencial somente quando o “estoque” de processos administrativos que ainda dependem de análises prévias tenham sido reduzidos na quantidade mínima que se possa evitar as aglomerações nas unidades.
Ao ser questionada, a Secretaria de Previdência e Trabalho disse que a data da volta gradual dos atendimentos, a partir do dia 13 de julho, foi decidida com base nas orientações de segurança sanitária determinadas pelo Ministério da Saúde e o plano de ação elaborado pelo grupo de trabalho instituído com essa finalidade.