Auxílio emergencial: Maia faz proposta ousada para manter parcelas de R$600

Novos valores do auxílio emergencial ainda são incertos. Apesar do governo federal já ter se pronunciado a respeito das duas novas parcelas do coronavoucher, a quantia final do benefício segue sem definição. O presidente Jair Bolsonaro defende que as rodadas sejam de R$ 300 cada. No entanto, na Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia quer manter os R$ 600 aprovados atualmente.  

Auxílio emergencial: Maia faz proposta ousada para manter parcelas de R$600 (Imagem: Reprodução - Google)
Auxílio emergencial: Maia faz proposta ousada para manter parcelas de R$600 (Imagem: Reprodução – Google)

De acordo com o presidente da Câmara, a redução do auxílio deve ser vista como um descaso com a população que está lidando com uma crise econômica e de saúde. Ele defende que o valor não só seja mantido, como também prolongado por mais tempo.

Além disso, disse que as propostas já anunciadas não devem ser consideradas em vigor imediato, tendo em visa que ainda há uma aprovação no Congresso.  

“O governo tem autorização para renovar a renda emergencial pelo mesmo valor, a lei não permite reduzir o valor. Se o governo for reduzir o valor, precisa encaminhar ao Congresso Nacional uma proposta que será votada com urgência certamente pela Câmara e pelo Senado”, declarou. 

Em defesa da sua proposta, o presidente da Câmara dos Deputados, sugeriu que fossem reduzidos os salários dos parlamentares para poder liberar o valor para a população.  

Sugestão do presidente para bancar o auxílio emergencial

Questionado sobre a possibilidade de aumento, Jair Bolsonaro falou, nessa terça-feira (9) que poderia acrescentar até mil reais na conta de cada trabalhador, se tivesse caixa público o suficiente para isso.

“A ideia da equipe econômica são mais duas parcelas, talvez de R$ 300. Sei que tem parlamentar que quer mais duas de R$ 600. Se tivermos um programa para diminuir salários de parlamentares, tudo bem, eu pago até R$ 1 mil por mês, não tem problema nenhum”, disse Bolsonaro ao sair do Palácio da Alvorada, ao final da manhã, após reunião ministerial. 

Resposta na Câmara  

Ciente as declarações de Bolsonaro, Maia disse que não descarta a possibilidade de dialogar com os parlamentares para que seus salários sofram reajustes temporários. De acordo com ele, a equipe aceitaria a proposta, desde que a mesma fosse aplicada para os três poderes públicos.  

“Se todos os Poderes topassem cortar um valor que seja por seis meses, 10%, ou um percentual maior por menos tempo, para garantir os R$ 600, eu tenho certeza que o parlamento vai participar e vai defender. Não tem nenhum problema”, afirmou. 

Além disso, reforçou que apenas os cortes dos servidores não seria o suficiente para custear as novas rodadas do auxílio emergencial

“O salário dos parlamentares em relação aos custos tem uma diferença um pouco grande. Vai ficar distante para cobrir, mas se todos os três Poderes estiverem de acordo para cortar salários por alguns meses, para garantir os R$ 600, o Parlamento está disposto a sentar na mesa e conversar”, argumentou. 

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Eduarda AndradeEduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.
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